'COMO SABER SE GOZEI': QUAIS OS INDÍCIOS DE UM ORGASMO FEMININO

  A experiência do orgasmo tem um componente subjetivo

'Como saber se gozei': quais são os indícios de um orgasmo Feminino

Enquanto os homens facilmente sabem se chegaram lá, com as mulheres não é bem assim

Por Marcela Centofani, Colaboração Para Marie Claire — São Paulo

08/01/2024 13h05  Atualizado há um mês


O principal objetivo das pessoas na relação sexual costuma ser o orgasmo. No entanto, enquanto os homens facilmente sabem se chegaram lá, com as mulheres não é bem assim. A experiência do prazer é diferente de pessoa para pessoa e pode ser difícil saber se você gozou ou não.

O que é orgasmo?

O orgasmo é o auge do prazer sexual e tem duração de 5 a 15 segundos, em média. Ele pode ser resultado da estimulação direta ou indireta de áreas sensíveis do corpo, como genitais, seios e outras zonas erógenas.

O clímax vem acompanhado de contrações rítmicas e involuntárias da musculatura da vagina, do ânus e do útero, associadas a alterações no ritmo da respiração, dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, seguido de liberação da tensão sexual, relaxamento e bem-estar. Outro fenômeno fisiológico relacionado ao orgasmo é a liberação de substâncias como a ocitocina, conhecida como hormônio do amor.


Como uma pessoa pode saber se gozou?

Além das mudanças físicas, a sensação do gozo geralmente inclui um prazer intenso, seguido por um relaxamento do corpo como um todo. “O orgasmo pode estar vinculado a uma sensação geral de bem-estar emocional e relaxamento”, esclarece Thaís França de Araújo, ginecologista e sexóloga.

Algumas pessoas podem experimentar uma diminuição temporária na sensibilidade genital após o auge. “É importante destacar que nem todos vivenciam esses sinais da mesma forma, e a resposta ao orgasmo pode variar amplamente. Além disso, a experiência do orgasmo pode ser influenciada por fatores emocionais, psicológicos e de relacionamento”, diz Araújo.

A ginecologista e obstetra Luana Flausino, especialista em sexualidade, concorda: “Quando os estudiosos explicam o orgasmo, sempre deixam claro sua natureza subjetiva. Embora existam alterações físicas, há um componente relevante nessa experiência, que é como seu cérebro, suas emoções e suas sensações vão responder ao fenômeno”.

Uma mesma mulher pode ter orgasmos de intensidades diferentes, sendo alguns mais intensos, outros mais discretos. “Depende do momento, do estado de presença (do indivíduo), do estímulo realizado e do quanto essa pessoa estava excitada e à vontade naquela relação sexual”, aponta Flausino.

O que fazer para chegar lá

Algumas medidas podem ajudar a chegar ao clímax. Flausino recomenda prestar atenção no corpo durante a atividade sexual, seja em parceria ou sozinha, notando quais toques desencadeiam quais sensações. Dedos, língua e brinquedos eróticos ajudam nessa exploração. Ela sugere também não se comparar com os relatos de outras pessoas, pois cada mulher pode ter experiências diferentes e igualmente válidas.

É importante diminuir a expectativa de que o orgasmo seja algo grandioso e surreal ao entrar numa relação sexual. O clímax não deve ser um objetivo a ser atingido. O pico de prazer sexual é o contrário de controle. Ele vem da entrega
— Luana Flausino, ginecologista e obstetra

Araújo diz que uma iluminação diferenciada e uma música especial podem contribuir para a ocorrência do gozo: “Tudo que promove a sensibilidade também promove o orgasmo”.


Fonte:https://revistamarieclaire.globo.com/saude/noticia/2024/01/como-saber-se-gozei-quais-sao-os-indicios-de-um-orgasmo.ghtml

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