Candidíase vulvovaginal: sintomas, causas e tratamento eficaz
De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, a infecção afeta cerca de 75% das mulheres em algum momento da vida
Por Colaboração Para Marie Claire — São Paulo
12/11/2023 05h00 Atualizado há 13 horas
A candidíase vulvovaginal é uma das infecções mais comuns no trato genital feminino. De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, o problema afeta cerca de 75% das mulheres em algum momento da vida. Até mesmo crianças podem manifestar o problema.
Embora muitas pessoas pensem que a candidíase é uma IST (infecção sexualmente transmissível), ela não faz parte desse grupo. Qualquer pessoa, mesmo sem ter relação sexual, pode sofrer pelo quadro.
O que é a candidíase vulvovaginal
A candidíase ocorre quando há um crescimento excessivo do fungo Candida, geralmente Candida albicans. É possível ter cândida na pele, na boca e até em órgãos como esôfago e intestino. No entanto, a região mais comum é a genital.
Nossa flora vaginal é coberta por diversos microrganismos que moram na região, como o fungo Candida. Em condições normais, o sistema imune é capaz de evitar a sua proliferação exagerada. Porém, quando o corpo sofre algum desequilíbrio, os micróbios podem se reproduzir de forma descontrolada e causar, por exemplo, candidíase.
Entre as causas para o desequilíbrio da flora estão aspectos endócrinos, alimentares, higiênicos e até emocionais. Períodos de stress e ansiedade também podem baixar a guarda das células de defesa, tornando o corpo mais suscetível ao desenvolvimento da infecção. Os gatilhos reúnem uso de antibióticos, diabetes, gravidez e um sistema imunológico enfraquecido, ligado a doenças imunossupressoras.
Sintomas da infecção
Os sintomas genitais da candidíase incluem coceira, ardência, inchaço, vermelhidão, placas vermelhas ou esbranquiçadas, corrimento vaginal esbranquiçado, leitoso ou com grumos e dor durante a relação sexual.
Quando a pessoa tem quatro ou mais episódios em um ano, isso configura candidíase de repetição. Os sintomas são os mesmos dos episódios isolados.
“É essencial que a paciente procure o ginecologista, passe por um exame ginecológico e faça um teste microbiológico que identifique por laboratório a presença de fungo”, afirma a ginecologista Ana Katherine Gonçalves, membro da Febrasgo e professora titular do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Dessa forma, o médico saberá prescrever o tratamento correto.”
“A candidíase é, digamos, uma pedra na vida no trato genital das pessoas, porque ela envolve vários fatores”, afirma a ginecologista Maria dos Anjos Neves Sampaio Chaves, do laboratório Salomão Zoppi. “Os sintomas são extremamente desagradáveis, porque atrapalham a sociabilidade, a sexualidade e o dia a dia da paciente.”
Como é o diagnóstico da condição
Na maioria das vezes o diagnóstico é feito apenas pela avaliação clínica e pelos sintomas relatados. Em alguns casos podem ser necessários exames complementares, como cultura de secreção ou avaliação de pH.
Na suspeita do quadro, é importante consultar um profissional da saúde para evitar que lesões ou infecções oportunistas apareçam, além de receber orientação adequada sobre prevenção e tratamento de casos recorrentes e/ou persistentes.
"Isso evita, inclusive, que candidíase e vaginose bacteriana, um quadro que requer tratamento diferente, se confundam", aponta Caroline Goretti, ginecologista da Casa de Saúde São José.
Tratamento de candidíase vulvovaginal
O tratamento da infecção é feito com antifúngicos via oral e vaginal, por sete a 14 dias. “Se for cândida de repetição, o tratamento pode demorar mais e ser feito em conjunto entre o ginecologista e o imunologista”, diz a médica do Salomão Zoppi.
Antes de aderir a qualquer tipo de terapia, no entanto, o melhor é procurar um médico para um diagnóstico e orientação adequada. Essa medida pode evitar que os remédios sejam utilizados de forma incorreta, aumentando o risco de não curar a infecção ou causar outros problemas.
“O médico tem que examinar a paciente, para ver a pele, a cor da mucosa e o odor da região genital. Às vezes, a pessoa não tem cândida ou tem outra condição associada a ela”, alerta a ginecologista do Salomão Zoppi.
E o famoso banho de assento? Segundo Ana Katherine Gonçalves, a medida pode aliviar sintomas, mas não elimina a doença: “O banho de assento é mais uma crença popular do que um tratamento com uma base científica. Não existem recomendações médicas oficiais em protocolos, manuais e publicações para tratar candidíase dessa maneira”.
A solução caseira com água ou chá de camomila, no entanto, ajuda a aliviar o incômodo causado pela coceira e pela irritação na pele. Um aviso importante é sobre a temperatura do líquido, que deve estar gelado. Quente, ele pode piorar ainda mais a irritação.
A médica da Febrasgo diz que qualquer substância, sem recomendação médica, pode causar alergia na pele, por isso é melhor evitar receitas caseiras: “Não é recomendável que se coloque nenhum tipo de erva em contato com a pele”.
Maria dos Anjos Neves Sampaio Chaves avisa que o chá deve estar sem açúcar: “Parece um alerta bobo, mas isso já aconteceu muitas vezes. Iogurte dentro da cavidade vaginal também não pode. Os tratamentos precisam ter embasamento científico. Às vezes, uma pessoa indica pra outra e o paciente usa tudo que aparece pela frente.”
Medidas de prevenção
Medidas preventivas desempenham um papel fundamental na evitação de novos surtos de candidíase. A recorrência da infecção é provocada por alguns hábitos que fazem mal para a higiene íntima. Dentre as ações que podem causar o desequilíbrio do pH vaginal, estão stress, uso de calça muito apertada e falta de ventilação na região.
Para evitar a candidíase vulvovaginal , o ideal é usar calcinha de algodão e tentar usar roupas menos apertadas. Em relação à rotina de higiene, as ações ideias são manter a área vaginal limpa com água e sabão neutro sem cheiro.
Redobrar a atenção ao usar o banheiro também é importante, já que o correto é limpar a região da frente para trás para evitar espalhar leveduras ou bactérias do ânus para a vagina ou trato urinário. Lenço umedecido pode ser utilizado, desde que não tenha perfume.
Sabonete íntimo também é bem-vindo, com a condição que respeite o pH da região genital. Outras orientações incluem não ficar muito tempo com o biquíni molhado e tratar o diabetes, se a doença estiver presente — o excesso de açúcar no sangue pode criar um ambiente ideal para o crescimento do fungo.
“Não existe uma receita de bolo. É preciso individualizar as recomendações para cada mulher”, diz a ginecologista do Salomão Zoppi.
Fonte:https://revistamarieclaire.globo.com/saude/noticia/2023/11/candidiase-vulvovaginal-sintomas-causas-e-tratamento-eficaz.ghtml
Candidíase: qual é o tratamento para a condição que afeta 75% das mulheres
Pomadas, remédios orais e opções naturais ajudam a combater a infecção
Por Colaboração Para Marie Claire — São Paulo
16/08/2023 13h38 Atualizado há 2 meses
A maioria das mulheres já sentiu na região genital coceira, ardência e corrimento de leite talhado. Trata-se de sinais e sintomas de candidíase, uma infecção que, segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, afeta cerca de 75% das mulheres em algum momento da vida.
Embora seja uma condição incômoda, compreender o que é a candidíase e a importância de seu tratamento pode ajudar as mulheres a buscar o alívio necessário para restaurar sua saúde e bem-estar.
O que é candidíase e quais são as causas?
Candidíase é uma infecção pelo fungo cândida, que tem vários subtipos, sendo o mais comum Candida albicans. É possível ter cândida na pele, na boca e até em órgãos como esôfago e intestino. No entanto, a região mais comum é a genital.
“A candidíase é, digamos, uma pedra na vida no trato genital das pessoas, porque ela envolve vários fatores”, afirma a ginecologista Maria dos Anjos Neves Sampaio Chaves, do laboratório Salomão Zoppi.
Nossa flora vaginal é coberta por diversos microrganismos que moram na região, como o fungo cândida. O sistema imune é capaz de evitar a sua proliferação exagerada. Porém, quando o corpo sofre algum desequilíbrio, os microorganismos podem se reproduzir de forma exagerada.
Entre as causas para o desequilíbrio da flora estão aspectos endócrinos, alimentares, higiênicos e até emocionais. Os gatilhos reúnem uso de antibióticos, diabetes descontrolada, gravidez e um sistema imunológico enfraquecido, ligado a doenças imunossupressoras.
“Todos esses fatores podem desencadear a infecção em pessoas que têm predisposição à cândida”, diz a médica.
Sintomas da candidíase
Boca
- Placas esbranquiçadas na boca, garganta e/ou língua. Mau hálito e secura podem estar presentes;
- Vermelhidão e inchaço na garganta e boca;
- Desconforto ou dificuldade ao engolir, anormalidades no paladar;
- Feridas ou lesões.
Pele
- Vermelhidão;
- Coceira;
- Ardência;
- Descamação, lesões e fissuras.
Genitais
- Coceira;
- Ardência;
- Inchaço;
- Vermelhidão;
- Placas vermelhas ou esbranquiçadas;
- Corrimento vaginal esbranquiçado, leitoso ou com grumos;
- Dor durante a relação sexual.
"Em homens os sintomas podem ser um pouco diferentes, porém vermelhidão, placas esbranquiçadas, ardência e edema no local são frequentes. Na pele, eles também podem apresentar descamação", indica Caroline Goretti, ginecologista da Casa de Saúde São José (RJ).
“Os sintomas são extremamente desagradáveis, porque atrapalham a sociabilidade, a sexualidade e o dia a dia da pessoa”, afirma a ginecologista do Salomão Zoppi.
Quando a pessoa tem quatro ou mais episódios em um ano, isso configura candidíase de repetição. Os sintomas são os mesmos dos episódios isolados.
Como é o diagnóstico?
Na maioria das vezes o diagnóstico é feito apenas pela avaliação clínica e pelos sintomas da paciente. Em alguns casos podem ser necessários exames complementares, como cultura de secreção ou avaliação de pH.
Na suspeita do quadro, é importante consultar um profissional da saúde para evitar que lesões ou infecções oportunistas apareçam, além de receber orientação adequada sobre prevenção e tratamento de casos recorrentes e/ou persistentes.
"Isso evita, inclusive, que candidíase e vaginose bacteriana, um quadro que requer tratamento diferente, se confundam", aponta Caroline Goretti.
Além disso, sem o tratamento correto, uma candidíase simples, descreve a médica, pode evoluir para outras infecções secundárias e oportunistas, por exemplo, infecção urinária ou mesmo lesões de pele.
Tratamento da candidíase
O tratamento da infecção é feito com antifúngicos via oral e vaginal, por sete a 14 dias. “Se for cândida de repetição, o tratamento pode demorar mais e ser feito em conjunto entre o ginecologista e o imunologista”, diz Maria dos Anjos Neves Sampaio Chaves.
Antes de aderir a qualquer tipo de terapia, no entanto, o melhor é procurar um médico para um diagnóstico e orientação adequada. Essa medida pode evitar que os remédios sejam utilizados de forma incorreta, aumentando o risco de não curar a infecção ou causar outros problemas.
“O médico tem que examinar a paciente, para ver a pele, a cor da mucosa e o odor da região genital. Às vezes, a pessoa não tem cândida ou tem outra condição associada a ela”, alerta a ginecologista do Salomão Zoppi.
Tratamentos naturais e caseiros
Algumas terapias naturais são eficazes contra a infecção. “O banho de assento com chá de camomila realmente é bom. Só não pode adicionar açúcar. Parece um alerta bobo, mas isso já aconteceu muitas vezes. E a temperatura da água precisa ser fria”, orienta Maria dos Anjos Neves Sampaio Chaves.
Já o banho de assento com ácido bórico só deve ser realizado com prescrição médica. O uso de probióticos também é uma boa estratégia para equilibrar a flora bacteriana, mas eles devem ser utilizados sob orientação profissional.
“Iogurte dentro da cavidade vaginal não pode”, avisa a ginecologista do Salomão Zoppi. “Os tratamentos precisam ter embasamento científico. Às vezes, uma pessoa indica pra outra e o paciente usa tudo que aparece pela frente.”
Medidas de prevenção
A ginecologista Camila Ramos informa que a recorrência da infecção é provocada por alguns hábitos que fazem mal para a higiene íntima: “Dentre as ações que podem causar o desequilíbrio do pH vaginal, estão duchas vaginais, estresse, uso de calça muito apertada e falta de ventilação na região".
Para evitar a candidíase, o ideal é usar calcinha de algodão e tentar usar roupas menos apertadas. “Mulheres que têm histórico de repetição podem dormir sem calcinha, com shorts largos ou camisola que deixe a região arejada. É importante também não usar protetor diário, tendo em vista que pode abafar a vagina”, orienta a médica.
Em relação à rotina de higiene, manter a área vaginal limpa com água e sabão neutro sem cheiro é a ação ideal.
Redobrar a atenção ao usar o banheiro também é importante, já que o correto é limpar a região da frente para trás para evitar espalhar leveduras ou bactérias do ânus para a vagina ou trato urinário. Lenço umedecido pode ser utilizado, desde que não tenha perfume. Sabonete íntimo também é bem-vindo, com a condição que respeite o pH da região genital.
Outras orientações incluem não ficar muito tempo com o biquíni molhado e tratar o diabetes, se a doença estiver presente — o excesso de açúcar no sangue pode criar um ambiente ideal para o crescimento do fungo.
“Não existe uma receita de bolo. É preciso individualizar as recomendações para cada mulher”, diz a ginecologista do Salomão Zoppi.
Fonte:https://revistamarieclaire.globo.com/saude/noticia/2023/08/candidiase-qual-e-o-tratamento-para-a-condicao-que-afeta-75percent-das-mulheres.ghtml
Candidíase é DST? Conheça essa infecção fúngica que acomete mulheres e homens
Candidíase pode ser tratada com medicamentos tópicos, como cremes ou pomadas, ou drogas antifúngicas
Por Colaboração Para Marie Claire — São Paulo
02/05/2023 15h53 Atualizado há 6 meses
A candidíase é uma infecção fúngica causada pelo fungo Candida albicans, que é encontrado naturalmente no corpo humano, mas pode se proliferar em determinadas condições, como imunidade baixa, uso prolongado de alguns remédios e até durante o período de gestação, pelo aumento de produção de hormônios que favorecem o fungo.
Embora muitas pessoas pensem que a candidíase é uma DST (doença sexualmente transmissível), ela não faz parte desse grupo - e qualquer pessoa, mesmo sem praticar sexo, pode sofrer pelo quadro.
Aqueles que são mais sexualmente ativos, no entanto, são mais propensos a sofrer com a infecção.
"São vários fatores que contribuem para isso. Um deles é que o pH do sêmen (quando não há uso de preservativos) é básico, enquanto o da vagina é ácido. Essa mudança na área genital predispõe infecções vaginais", explica Vanessa Machado, ginecologista do Vera Cruz Hospital.
A médica acrescenta que, para mulheres sintomáticas, a relação sexual pode piorar o quadro por causar dor, já que a área costuma estar inflamada.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a candidíase é uma das infecções fúngicas mais comuns em todo o mundo, afetando tanto homens quanto mulheres de todas as idades.
Segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, a candidíase afeta cerca de 75% das mulheres em algum momento da vida. O quadro pode ocorrer em outras partes do corpo, como boca, garganta, esôfago, pulmões, corrente sanguínea e pele. É importante buscar tratamento adequado para evitar complicações.
A ginecologista explica que é possível diagnosticar a candidíase pelo exame clínico, mas o melhor é somá-lo ao exame que é chamado de bacterioscopia de secreção vaginal.
"É um exame no qual colhemos corrimento numa lâmina e faz uma avaliação daquela secreção a fresco no microscópio. Tem algumas culturas também de secreção vaginal que nos auxiliam a confirmar se o fungo é o Candida albicans", aponta Vanessa Machado.
Sintomas da candidíase
Entre os sintomas da infecção por Candida albicans, estão:
- Coceira;
- Vermelhidão;
- Corrimento vaginal ou peniano;
- Dor durante a relação sexual ou ao urinar.
Diferença entre candidíase e DSTs
A candidíase, como explicado acima, não depende do contato sexual para surgir.
Já DSTs como a herpes genital e a clamídia são causadas por vírus e bactérias, respectivamente, que podem ser transmitidos através do contato sexual.
A herpes genital causa feridas dolorosas na área genital e pode ser transmitida mesmo quando não há feridas presentes. No caso da clamídia, a infecção bacteriana pode causar sintomas como dor ao urinar, corrimento e dor abdominal em mulheres, mas pode não causar sintomas em alguns casos.
Ambas as DSTs podem ser tratadas com medicamentos prescritos por um médico. É importante lembrar que a prevenção é a melhor maneira de evitar a transmissão de DSTs, e isso pode ser feito através do uso de preservativos em todas as relações sexuais, além da realização regular de exames para o diagnóstico e indicação de tratamento adequado.
Fatores de risco
Entre os fatores de risco mais comuns, estão:
- Higiene não adequada, o que cria um ambiente úmido e sujo, propício para que o fungo se reproduza;
- Uso indiscriminado de antibióticos, que aumentam o risco de resistência ao tratamento;
- Imunidade comprometida, por facilitar que infecções diversas, incluindo a candidíase;
- Gravidez, já que alterações hormonais durante a gravidez podem aumentar o risco de candidíase;
- Diabetes não controlada, pois o excesso de açúcar no sangue pode criar um ambiente ideal para o crescimento do fungo.
Tratamento para candidíase
"Quando há uma infecção aguda, muito sintomática, o melhor tratamento é via vaginal, que é o que melhora e dá alívio mais rápido para os sintomas", aponta a ginecologista Vanessa Machado.
Os citados pela médica incluem cremes, loções ou supositórios que são aplicados diretamente na área afetada e geralmente contêm ingredientes ativos, como clotrimazol, miconazol ou tioconazol, que aliviam os sintomas.
Para casos considerados mais graves, existe a opção de medicações orais antifúngicas em forma de comprimidos ou cápsulas.
Antes de aderir a qualquer tipo de tratamento, no entanto, o melhor é procurar um médico para um diagnóstico e orientação adequada. Isso pode evitar que os remédios - tópicos ou orais - sejam utilizados de forma incorreta, aumentando o risco de não curar a infecção ou causar outros problemas.
Prevenção da candidíase
O primeiro passo para prevenir a candidíase é manter a área íntima limpa e seca. O acúmulo de umidade e sujeira podem favorecer o crescimento do fungo.
Também é importante evitar o uso de sabonetes e produtos de higiene agressivos e muito perfumados, que podem irritar a pele e perturbar o equilíbrio natural das bactérias e fungos na região genital.
Outra medida simples é usar roupas íntimas de algodão, um tecido respirável que ajuda a absorver a umidade e manter a área genital seca.
Fazer sempre o uso correto de antibióticos (não se automedicar e tomar conforme a prescrição médica), também é importante para não desenvolver resistência aos medicamentos, o que torna mais difícil o tratamento.
Para quem sofre de diabetes, controlar o quadro também é necessário para evitar infecções, já que, como citado anteriormente, o excesso de açúcar no sangue pode criar um ambiente ideal para o crescimento do fungo.
Fonte:https://revistamarieclaire.globo.com/saude/noticia/2023/05/candidiase-e-dst-conheca-essa-infeccao-fungica-que-acomete-mulheres-e-homens.ghtml
Corrimento vaginal: quais são as principais causas e como tratá-las
Um pouco de secreção é normal. O problema se instala quando há mal cheiro, alteração na cor no muco, ardência e coceira
Por Marcella Centofanti, Colaboração para Marie Claire
04/03/2023 06h00 Atualizado há 5 meses
Toda mulher em idade reprodutiva, isto é, no período entre a menarca e a menopausa, produz secreção na vagina. Ficar com a calcinha um pouquinho molhada todos os dias não é sinal de alerta — desde que o líquido seja incolor, inodoro e não cause nenhum sintoma desagradável. Caso o corrimento venha acompanhado de mau cheiro, alteração na cor, ardência e coceira, é preciso procurar um médico.
“O corrimento vaginal é a principal queixa nos consultórios dos ginecologistas”, afirma a médica Ana Katherine Gonçalves, membro da Comissão Nacional Especializada em Trato Genital Inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Mesmo assim, de acordo com ela, trata-se de um problema subestimado.
Sem o tratamento adequado, o corrimento decorrente de uma infecção favorece condições como doença inflamatória pélvica, abscesso ovariano e até esterilidade. Em gestantes, pode comprometer a gravidez e até antecipar o parto.
Quando o muco é normal
A secreção sem cheiro e sem cor não só é natural como desejada. Uma mulher que não toma pílula anticoncepcional perceberá que a vagina fica um pouco mais molhada no meio do ciclo. Durante a fase ovulatória, quando é possível engravidar, o muco se torna mais fino e abundante, favorecendo a ascensão dos espermatozóides. Perto da menstruação, a gosma fica um pouco mais grossa.
Gestantes também têm mais volume de secreção natural, em função do aumento dos hormônios femininos, estrógeno e progesterona. Já na menopausa a vagina seca. Sem lubrificação, muitas mulheres sentem dor na relação sexual. Algumas, inclusive, tomam medicação para produzir muco e ter mais conforto durante o ato.
Candidíase, vaginose bacteriana e ISTs
O corrimento se torna um problema quando ele está associado a uma infecção. Nesse caso, de acordo com Ana Katherine Gonçalves, existem três motivos principais.
O primeiro é a candidíase, decorrente do fungo Cândida albicans. Trata-se de uma infecção comum no verão, época em que as pessoas vão mais para a praia e ficam horas com o biquíni molhado. Calor e umidade favorecem a proliferação do micro-organismo.
A cândida também está associada a um fator menos conhecido: a alimentação. “Pessoas com candidíase recorrente muitas vezes têm problemas de alergia. Para elas, a gente recomenda evitar comidas alergênicas, como chocolate, camarão e caranguejo”, diz a ginecologista.
O fungo vive no organismo humano e faz parte da flora vaginal. Na maior parte das vezes, o sistema imune é capaz de evitar a sua proliferação desenfreada. Porém, quando o corpo sofre algum desequilíbrio, os micro-organismos podem se reproduzir de forma exagerada, causando a coceira e desconforto na região. Vale salientar que a cândida não tem odor.
A segunda causa comum de corrimento é a vaginose bacteriana, desencadeada por um desequilíbrio na microbiota da região. A proliferação anormal das bactérias naturais da vagina, em especial uma chamada Gardnerella vaginallis, pode provocar uma secreção com odor desagradável, semelhante ao de peixe podre.
Por fim, o terceiro fator frequente para corrimentos são as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Segundo Ana Katherine Gonçalves, que também é professora titular do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), gonorreia e tricomoníase sempre causam corrimento. Com menos frequência, a clamídia também pode aumentar a secreção na vagina.
O que a cor do corrimento revela sobre a sua causa
Classicamente, o corrimento da candidíase é branco e abundante. O da vaginose bacteriana, acinzentado e com pouco volume. A tricomoníase tem um muco amarelo-esverdeado, em grande quantidade. Já o da gonorreia também é amarelado e volumoso, enquanto o da clamídia, discreto.
No entanto, a ginecologista da Febrasgo alerta que essas características não servem como parâmetro para diagnóstico, porque variam muito de pessoa para pessoa.
E fica o alerta da médica: o diagnóstico deve ser sempre laboratorial. Exames microbiológicos vão apontar o patógeno causador do desconforto. Para cândida, o tratamento será com uma droga antifúngica. Vaginose bacteriana ou ISTs são medicadas com antibióticos. Em caso de infecções sexualmente transmissíveis, será preciso tratar também o parceiro da pessoa.
Como evitar secreções infecciosas
Algumas medidas ajudam a prevenir o aparecimento de corrimento patológico:
- Não ficar muito tempo com o biquíni molhado;
- Vestir calcinha de algodão;
- Evitar roupas apertadas;
- Dormir sem calcinha;
- Usar preservativo nas relações sexuais.
Fonte:https://revistamarieclaire.globo.com/saude/noticia/2023/03/corrimento-vaginal-quais-sao-as-principais-causas-e-como-trata-las.ghtml
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