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REMÉDIOS QUE AFETAM O DESEMPENHO SEXUAL

Disfunções sexuais: quais drogas causam? - PAIH

Remédios que afetam o desempenho sexual

Na medicina, quando receitamos um remédio para um paciente, é fundamental que ele produza o efeito que desejamos, sem modificar o seu bem estar. Em alguns casos, certos efeitos colaterais, como a baixa de desejo sexual (libido), podem dificultar o seguimento do tratamento. Certos pacientes chegam mesmo a abandonar seus comprimidos, colocando em risco sua própria vida. Não devemos, por impulso, interromper o que foi inicialmente receitado sem antes consultar o médico responsável.  

Cerca de 25% dos casos de impotência sexual são devidos aos efeitos colaterais de determinados remédios. Da mesma forma muitas doenças podem afetar a vida sexual, tornando-se difícil estabelecer se a causa é devida ao uso destes medicamentos ou da própria doença do paciente.  

Os anti-hipertensivos (remédios usados para controlar a pressão alta) 

A família dos betabloqueadores, como o Propanolol (inderal®, propanolol®), Atenolol (atenol®, angipress®), Carvedilol (cardilol®), Metoprolol (lopressor®), Bisoprolol (concor®), tornam a frequência  cardíaca mais lenta e ajudam o coração a funcionar melhor. Além de poder levar à disfunção erétil, este grupo de remédios pode também prejudicar as 3 fases do ato sexual (desejo, excitação e orgasmo). 

O Propanolol tem uma ação negativa maior sobre a função sexual que o restante da família. O tratamento da hipertensão arterial, com medicamentos do tipo Inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina) como Captopril (capoten®), Enalapril (renitec®, vasopri®l), Cilazapril (vascase®), tem baixa associação com disfunções sexuais. Um interessante estudo recente demonstrou que o Losartana (cozaar®, aradois®) pode melhorar a função sexual. 

Diuréticos 


Eliminam o excesso de sal e água do organismo, usados como monoterapia, mas mais frequente juntos com outras medicações anti-hipertensivas. Podem prejudicar a ereção, reduzindo a quantidade de sangue que circula para o pênis. Pacientes usando diuréticos têm uma chance de 2 a 6 vezes maior de ter uma disfunção sexual que uma outra pessoa qualquer. Impotência sexual ocorre em até 32% dos pacientes sob uso de diuréticos do tipo Tiazídicos, como a Hidroclorotiazida (clorana®, drenol®, moduretic®) e especialmente a Clortalidona (higroton®, tenoretic®, ablok plus®).  

Medicações para a depressão e tranquilizantes 

Episódios de depressão são frequentemente acompanhados de uma baixa da libido (desejo sexual). Em homens com depressão grave, os problemas de ereção estão presentes em 90% dos casos. Além disso, está comprovado que dificuldades de ereção podem favorecer o aparecimento da depressão.

Estas duas condições estão, portanto, intimamente ligadas, a tal ponto que disfunção erétil hoje é considerada parte do ciclo vicioso da própria depressão. Certos antidepressivos são responsáveis por problemas sexuais variados, como a diminuição do desejo sexual, problemas na ereção e na ejaculação.

Os mais implicados são os antidepressivos tricíclicos, como a Imipramina (tofranil®) e a Amitriptilina (tryptanol®).  A Clomipramina (anafranil®) reduz a sensibilidade genital, causando retardo na ejaculação. Medicações que aumentam a serotonina (serotoninérgicos), como a Fluoxetina (prozac®, daforin®), Sertralina (zoloft®), Paroxetina (pondera®, aropax®), Escitalopram (lexapro®), Citalopram (citta®, procimax®) têm efeitos maiores sobre a ejaculação, causando retardo, sem influência maior sobre a função erétil e libido, quando usados por curtos períodos. A Fluvoxamina (luvox®) seria o antidepressivo de escolha quando se deseja evitar o efeito colateral de ejaculações mais demoradas.  Os benzodiazepínicos, usados para tratamento da ansiedade (ansiolíticos), como o Diazepam (valium®), Alprazolam (frontal®, apraz®), Lorazepam (lorax®), Clonazepam (rivotril®), são responsáveis por problemas relacionados à perda do desejo sexual.  

Como agir  Tratar uma disfunção sexual devida aos efeitos colaterais de medicações pode ser uma tarefa difícil. Dependendo da medicação empregada e o tempo de uso, estes problemas podem regredir espontaneamente, com o tempo. Em algumas situações poderá ser possível uma mudança para uma medicação que cause menos efeitos negativos sobre a sexualidade. Por exemplo, trocar um diurético Tiazídico por um inibidor da ECA na hipertensão arterial. 

Outras possíveis alternativas incluem a redução da dose ou mesmo usá-la distante da relação sexual. Desta forma, o médico deve sempre que possível escolher uma medicação que não tenha um efeito conhecido e marcante sobre a função sexual, o que vai implicar uma qualidade de vida melhor ao paciente e uma continuação do tratamento proposto. 


Fonte:https://rsaude.com.br/maringa/materia/remedios-que-afetam-o-desempenho-sexual/1281

Remédio para o coração causa disfunção sexual


Grande parte dos medicamentos usados no tratamento de problemas de coração aumenta os riscos de disfunções sexuais nos homens. Segundo os especialistas, até 20% dos pacientes apresentam falta de desejo ou impotência após o início da terapia. Esse será um dos temas em discussão amanhã durante o encontro de cardíacos promovido pelo Instituto do Coração (Incor).

"Isso geralmente acontece quando o homem toma remédios da classe dos betabloqueadores, que são os mais eficazes na prevenção de um segundo infarto o no tratamento da hipertensão", explica o diretor da Unidade de Coronariopatia Crônica do Incor, Luiz Antonio Machado César. "Mas os pacientes não devem suspender o remédio pois ele é fundamental para manter a pessoas viva e com qualidade de vida. Até porque não é todo mundo que desenvolve alterações sexuais", completa o médico.

Os betabloqueadores, usados por 60% dos pacientes infartados, assim como drogas mais antigas (alpha-metil-dopa e a clonidina), atuam no sistema nervoso central e na área do cérebro responsável pela libido. "Por isso o desejo sexual fica alterado em alguns homens", diz o diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Otávio Rizzi Coelho.

De acordo com o especialista, muitos pacientes cardíacos já apresentam problemas sexuais antes mesmo de ter o ataque cardíaco ou uma angina, por exemplo. "as disfunções sexuais e os males cardíacos tem fatores de risco bastante semelhantes. Entre eles, destacam-se o tabagismo, o diabetes e até mesmo a hipertensão", acrescenta Coelho.

Ansiedade
Nem só os fatores orgânicos causam disfunções sexuais nos cardíacos. A ansiedade e a depressão provocadas pela doença são importantes fatores de risco para a impotência. "Acredito que o aspecto psicológico do paciente é a principal causa das dificuldades de ereção após um infarto", afirma o cardiologista Luciano Janussi Vacanti, que fez um estudo envolvendo pacientes do Incor e do Hospital Ana Costa, de Santos.

Segundo a pesquisa, 60% dos pacientes tiveram algum tipo de disfunção sexual após o ataque cardíaco, como dinuição no desejo sexual e redução do número de relações. "Outro trabalho realizado no Hospital Ana Costa demonstrou que os medicamentos da classe betabloqueadores não causam impotência", garante o médico. O estudo será apresentado dia 2 de setembro durante o Congresso da Sociedade Européia de Cardiologia.

Como não pode ficar sem o medicamento, o paciente cardíaco tem solução para tratar a importância quando o problema está presente. Segundo os médicos, há no mercado duas drogas citrato de sildenafil e cloridrato de apomorfina, que atuam na ereção.


"O sildenafil não é indicado para cardíacos tratados com medicamentos à base de nitrato", explica o diretor do Instituto do Coração. O médico vai participar do encontro do Incor, que pretende debater a diretor do Instituto do Coração. O médico vai participar do encontro no Incor, que pretende debater a relação entre medicamentos, impotência e coração.


Quais drogas causam disfunção sexual?

As disfunções sexuais (DS) masculinas são divididas em alterações do desejo (libido), disfunções ejaculatórias (ejaculação rápida; ejaculação retardada; anejaculação ou ejaculação retrógrada), alteração do orgasmo (anorgasmia) e a disfunção erétil (DE).
Existe uma extensa relação entre os sistemas nervoso, cardiovascular, hormonal, fatores psicológicos e locais penianos que mantém a função sexual normal. Essa rede de relações entre os sistemas, pode sofrer influências de muitos fatores, entre eles, os medicamentos.

Quais medicamentos alteram a função sexual?

De uma forma geral temos:
– Antihipertensivos
– Psicoterápicos
– Antiandrogênicos

Antihipertensivos

A importância da Hipertensão Arterial Sistêmica e seus tratamentos em relação à DE é bem conhecida. Estudos mostraram que a incidência de DE na população em geral é de 9,6 % e que nos hipertensos essa taxa é de 15%, que a incidência de DE grave é maior nos hipertensos (45%) quando comparados a população em geral e que a HAS era a doença mais prevalente e mais da metade usava uma ou mais drogas prescritas para tratamento. Dentre as medicações com efeitos negativos sobre a função sexual, temos:
Diuréticos
Thiazidícos
Spironolactona
Beta-bloqueadores
Anti-adrenérgicos de ação central
Diferente dos outros medicamentos, os Alfa-bloqueadores são drogas sem ação deletéria aos mecanismos da ereção, sendo até benéficas. Os alfa-bloqueadores tem interferência no mecanismo ejaculatório e seu uso pode acarretar ejaculação retrógrada.

Psicoterápicos

A esquizofrenia e depressão são causas conhecidas de disfunção sexual que pode ocorrer como sintoma primário da doença ou ser causada pela medicação usada no tratamento. De uma forma geral os distúrbios e medicamentos que alteram e interagem com os neurotransmissores irão afetar a função dos mesmos no sistema nervoso central e alterar o complexo sistema que comanda a função sexual.
A prevalência de disfunções sexuais em pacientes com esquizofrenia é de até 60%, acima da população em geral e os efeitos do tratamento medicamentoso são contraditórios, uma vez que o desejo sexual aumenta com o tratamento, porém aumentam também as queixas de DE , alterações da ejaculação e insatisfação com o ato sexual. São exemplos de medicação para tratar disfunções psiquiátricas:
Anti-psicóticos
Antidepressivos

Antiandrogênicos

Os antiandrogênicos são utilizados no tratamento de hiperplasia prostática benigna (aumento benigno da próstata), em pequenas doses na queda de cabelo e no câncer de próstata avançado. De forma geral a medicação age por bloqueio da ação da testosterona nos tecidos ou na diminuição de sua produção nos testículos. O antiandrogênico de menor efeito sofre a função sexual é a finasterida usada no tratamento de HPB e alopecia em homens.
Antes de descontinuar o uso de qualquer medicação procure seu médico e converse sobre alternativas para substituição.

Remédios de uso comum podem causar disfunção erétil

Analgésicos e anti-inflamatórios amplamente distribuídos pela indústria farmacêutica podem prejudicar homens a longo prazo


Alguns remédios como os antidepressivos ou os anti-hipertensivos, por exemplo, podem diminuir a libido por afetarem a parte do sistema nervoso responsável pela libido ou diminuírem os níveis de testosterona no organismo.
Nestes casos, é recomendado consultar o médico que prescreveu o remédio que pode estar interferindo na libido para ver se é possível reduzir a dose ou trocar por outro remédio que não tenha esse efeito colateral. Outra alternativa, quando possível, é mudar o tratamento, fazendo cirurgia.
Remédios que podem diminuir o desejo sexual

Lista de remédios que podem diminuir a libido

Alguns remédios que podem diminuir a libido incluem:
Classe dos remédiosExemplosPorque diminuem a libido
AntidepressivosClomipramina, Lexapro, Fluoxetina, Sertralina e ParoxetinaAumentam os níveis de serotonina, um hormônio que aumenta o bem-estar, mas que diminui o desejo, a ejaculação e o orgasmo
Anti-hipertensivos como beta bloqueadoresPropranolol, Atenolol, Carvedilol, Metoprolol e Nebivolol​Afetam o sistema nervoso e a área do cérebro responsável pela libido
DiuréticosFurosemida, Hidroclorotiazida, Indapamida e EspironolactonaReduzem o fluxo de sangue para o pênis
Pílulas anticoncepcionais
Selene, Yaz, Ciclo 21, Diane 35, Gynera e YasminDiminuem os níveis de hormônios sexuais, incluindo a testosterona, diminuindo a libido
Medicamentos para a próstata e queda de cabeloFinasteridaDiminuem os níveis de testosterona, diminuindo a libido
Anti-histamínicosDifenidramina e DifenidrinAfetam a parte do sistema nervoso responsável pela excitação sexual e orgasmo, podendo também causar secura vaginal
OpioidesVicodin, Oxycontin, Dimorf e MetadonDiminuem a testosterona, podendo diminuir a libido
Além dos remédios, a diminuição da libido pode ocorrer devido a outras causas como hipotireoidismo, redução dos níveis de hormônios no sangue como ocorre na menopausa ou andropausa, depressão, estresse, problemas com a imagem corporal ou ciclo menstrual.

O que fazer

Em casos de diminuição da libido, é importante identificar a causa para que seja iniciado o tratamento e o desejo sexual restabelecido. No caso da diminuição da libido ser consequência do uso de medicamentos, é importante consultar o médico que indicou o medicamento para que seja feita a substituição por outro que não tenha o mesmo efeito colateral ou para que a dose seja alterada.
No caso da diminuição de libido acontecer devido a outras situações, é importante tentar identificar a causa, de preferência com ajuda de um psicólogo, para que seja iniciado o tratamento adequado. 



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