Sexo real: nas redes sociais, casais compartilham vídeos das
próprias relações sexuais (Foto: Thinkstock)
Sexo
real: nas redes sociais, casais compartilham vídeos das próprias relações
sexuais
Casais estão
fazendo as suas próprias sex tapes e compartilhando em redes sociais, onde é
possível curtir, comentar, interagir
A internet moldou a maneira com que todos no mundo vivem – e
isso inclui a forma como encaramos o sexo. Se as
pessoas acham natural registrar e compartilhar cada passo que dão nas redes sociais,
o normal seria que isso acontecessem com suas relações e posições sexuais também.
Certo?
Ao menos é esse o caminho para
o qual apontam algumas plataformas virtuais que atraem cada vez mais adeptos.
Sites de vídeo e redes sociais como o Twitter, Snapchat e Tumblr estão
se tornando plataformas onde casais compartilham
fotos e vídeos caseiros de suas relações sexuais. O objetivo parece não ser
tanto a superexposição, mas sim uma nova forma de assistir pornografia: com
imagens de sexo real, e não mais cenas artificiais,
desconexas e distantes da realidade.
Um dos maiores exemplos dessa “revolução sexual online”, como alguns descrevem,
é o site Make Love Not Porn, criado em 2009 pela britânica
Cindy Gallop, hoje com 56 anos. Ela diz que criou a página para promover um
diálogo mais honesto sobre o sexo, fazendo um balanço divertido entre o sexo
real e o que a indústria pornô prega.
“A
pornografia tradicional está mais disponível na internet do que nunca e os
jovens conseguem acessá-la cada vez mais cedo. Há uma geração inteira crescendo
que acredita que o que você vê na pornografia é a forma que você faz sexo. E
isso é particularmente exacerbado porque vivemos em uma cultura em que pais têm
vergonha de ter uma conversa sobre amor e sexo com seus filhos. Então não é surpreendente
que a pornografia tenha se tornado educação sexual”, disse Cindy em uma
palestra no TED, em 2009.
Em 2012, Cindy lançou o Make
Love Not Porn TV, uma plataforma de vídeos de sexo real e caseiro que são
postados pelos próprios casais. O site já tem mais de 400 mil inscritos e 500
vídeos. Segundo a criadora, é possível manter o anonimato mesmo publicando
imagens próprias na plataforma e retirar os vídeos dela quando desejar.
A
britânica costuma ressaltar, porém, que ela não está fazendo uma crítica à
pornografia, mas oferecendo uma alternativa mais realista de vídeos pornô. Ela
acredita que isso é uma forma de empoderamento, já que as pessoas passam a
sentir-se representadas nas relações sexuais.
Outros exemplos de plataformas
adeptas ao “social sex” é o Tumblr. Há várias páginas dedicadas a compartilhar
imagens de sexo real – entre elas, o Loverealsex. Lá, cada post publicado pode ser curtido,
comentado e compartilhado.
Já o site OMGYes inclui
ainda vídeos didáticos sobre práticas sexuais e fóruns de discussão
relacionados ao tema - uma forma moderna e sem tabus de educação sexual. Para
acessá-lo, é preciso fazer uma assinatura paga. Entre as pessoas que já
declararam ser adeptas da plataforma está a atriz Emma Watson.
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