Êxtase e viagra: perigosa associação
O presidente da Associação Brasileira de Redutores e Redutoras de Danos - Aborda, Elandias Bezerra Sousa, entidade que atua junto aos usuários com o objetivo de prevenir o abuso e reduzir os danos provocados pelo consumo de drogas, diz que o boato sobre a mistura de êxtase e Viagra é crescente. Principalmente entre o público GLTB - gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais. “O êxtase desinibe, libera e permite uma abordagem diferenciada dos parceiros. Mas, apesar de aumentar a sensibilidade, prejudica a potência. A utilização do Viagra, a princípio, seria para anular esse efeito colateral.”
O problema das associações, garantem especialistas, é o custo desse prazer. O professor Jamil Issy explica que tanto o êxtase quanto o Viagra e outros medicamentos para disfunção erétil agem sobre o coração, provocando, por exemplo, arritmias cardíacas, que podem levar, dependendo da gravidade, à morte súbita.
No caso do êxtase - estimulante do sistema nervoso central, com álcool ou ácido lisérgico - depressores, ocorre, segundo o professor, uma potencialização do efeito estimulante. “A pessoa fica muito excitada e, de início, sentirá grande disposição. Mas, quando o efeito passa, o custo é muito alto para o organismo”, alerta Jamil Issy.
“A hipertermia - aumento de temperatura, um dos efeitos mais freqüentes e danosos do êxtase, pode atingir níveis de altíssimo risco porque a pessoa, consumindo álcool, acelera a perda de líquidos do organismo e não percebe o aquecimento do corpo”, acrescenta o psiquiatra Flávio Augusto de Morais. O efeito pode causar danos irreparáveis ao organismo, como insuficiência renal.
“A pessoa fica muito excitada e, de início, sentirá grande disposição. Mas, quando o efeito passa, o custo é muito alto para o organismo”, diz o professor.
Sêxtase
A busca do prazer imediato e irrestrito característico entre os adolescentes e jovens fazem com que o uso das drogas sintéticas seja associado a uma série de outras substâncias. As principais são o álcool e os energéticos.
Em São Paulo, já há notícia de fabricação sob encomenda por traficantes de uma combinação chamada “trimix”, cápsulas que misturam êxtase, ácido lisérgico e Viagra. “Há também uma combinação de êxtase com cocaína ou heroína e Viagra, que batizaram de sextasy”, observa o professor Jamil Issy.
O uso concomitante de êxtase e outras substâncias, inclusive os medicamentos para disfunção erétil, já é relatado em Goiânia. O psiquiatra Flávio Augusto de Morais, médico do Centro de Atenção à Saúde do Alcoolista - Casa, especializado no atendimento a toxicômanos, já registrou a mistura de substâncias entre seus pacientes tanto no consultório público quanto em seu consultório particular.
OBID Fonte: O POPULAR-GO
Fonte:http://www.antidrogas.com.br/mostranoticia.php?c=3759
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