‘Ninfomania não é sobre gostar de sexo': veja mitos sobre o transtorno em mulheres’
Saiba mais sobre o que realmente caracteriza a ninfomania
Falar sobre transtornos mentais, de uma maneira geral, ainda gera desconforto e incredibilidade em boa parcela da população. Combinar este tema à sexualidade, então, é tratar de tabus incompreendidos, proibidos e imorais. Quase sempre.
No caso da ninfomania, quando uma mulher é incapaz de controlar o vício sexual, os mal-entendidos são ainda mais graves. Isso porque ainda vivemos em uma sociedade que nega a sexualidade e o prazer como direitos básicos das mulheres. Elas são criadas para temer o próprio corpo, toque e desejo.
A ninfomaníaca, então, transforma-se em fetiche porque é tida como a parceira dos sonhos: insaciável, sensual e poderosa. Os mitos a respeito do transtorno sexual estão muito distantes da realidade de sofrimento e culpa que envolve o vício, porém.
“Normalmente, o que percebemos do emocional dessa mulher é que ela precisa se compensar muito, por inúmeras razões. Ela tem um vazio tão grande, por alguma razão, que busca prazer e compensação na relação sexual, até que se torna escrava desse desejo. A ninfomaníaca se sente deprimida, ansiosa e extremamente culpada”, explica a psicóloga Priscila Junqueira.
Conversamos com a especialista em sexualidade humana para entender o que realmente está por trás do transtorno sexual feminino.
Veja abaixo alguns mitos sobre a ninfomania:
Mitos sobre a ninfomania
Autoestima e independência
A ninfomaníaca não se sente poderosa, sensual ou com a autoestima lá em cima por conta do vício. É justamente o contrário. "Essa compulsão está combinada a crises de ansiedade e depressão. É um transtorno carregado de sofrimento e culpa. O tratamento requer, muitas vezes, medicação e psicoterapia"
Bem-estar
Sexo nem sempre é sinônimo de felicidade. Na ninfomania, por exemplo, a mulher é incapaz de realizar atividades comuns, como ver um filme, e controlar o desejo ainda assim. Os laços e relacionamentos com as pessoas ao redor vão se enfraquecendo, criando um contexto de isolamento e solidão profundos.
Orgasmos únicos
Na ninfomania, sexo tem a ver com quantidade, não qualidade. Em determinadas relações, a mulher pode até sentir algum prazer. No geral, porém, são encontros marcados por culpa e sofrimento, sem possibilidade de prazer. A qualidade das relações é prejudicada pelo desejo desequilibrado.
Amor perfeito
Mulheres ninfomaníacas com parceiros fixos tendem a desenvolver sérios problemas na relação. "A falta ou o excesso nunca são naturais. Se esse parceiro começa a notar os prejuízos do vício, a relação se desestabiliza. Não há quem aguente tanta cobrança por sexo. O sofrimento começa a ser geral".
Apenas sexo
A ninfomania não tem a ver apenas com prazer e sofrimento. Ela implica em riscos sérios à saúde da mulher. "Ela está exposta a doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo, se não se proteger. A compulsão também pode caminhar para o lado de outras substâncias, como as drogas".
Fonte: http://virgula.uol.com.br/comportamento/ninfomania-nao-e-sobre-gostar-de-sexo-veja-mitos-sobre-o-transtorno-em-mulheres/#img=1&galleryId=1211652
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