FILME "50 TONS DE CINZA" ESTRÉIA COM MAIS ROMANCE E MENOS SEXO

Casal mostra química, mas relação é retratada em versão mais comportada (Foto: Divulgação)


Depois de muita espera, "Cinquanta Tons de Cinza" chega aos cinemas amanhã (dia 12). A adaptação do primeiro livro da trilogia escrita E. L. James, que já vendeu 100 milhões de cópias pelo mundo, retrata o relacionamento do jovem milionário Christian Grey com a estudante Anastasia Steele de um jeito mais comportado do que o mostrado no livro. A montagem é dirigida Sam Taylor-Johnson. O Meus 5 Minutos assistiu ao filme e lista as primeiras impressões do romance entre Christian e Anastasia para as telonas.
Trilha vem para somar

A trilha sonora é ótima. Ok, sei que não é isso que você quer saber sobre o filme, mas, de cara, a cena inicial já nos prende pela música "I put a sapell on you", cantada pela Annie Lennox. Beyoncé, Frank Sinatra, Ellie Goulding e outros artistas também ganham

destaque ao longo do filme. Sem contar que eles têm um peso significativo nas cenas mais quentes. É daquelas trilhas que você vai sair do filme com vontade de baixar. Mas não é só isso que você vai ter vontade de fazer ao sair do cinema...
Romance recebe versão mais água com açúcar
Também dá vontade de ler ou reler o primeiro livro. Algumas das cenas mais quentes ficaram de fora da montagem dando lugar a momentos mais românticos. Um lado fofo, próximo a uma comédia romântica, parece mais evidente do que aquele visto no livro. Isso significa menos pimenta e mais coração. Ainda assim, existe uma certa curiosidade pela história do casal. Aquela expectativa para ver o que vai acontecer e como vai acabar.
Dakota Johnson rouba a cena
Claro que Christian Grey prende nossos olhos. Mas não dá para dizer que o ator Jamie Dornan é um forte candidato ao Oscar. Mesmo assim, o galã tem um quê bem sedutor – corpão (sim, prepare-se para vê-lo pelado, mas nada de nu frontal), olhar, pegada (ainda que o esperado primeiro beijo no elevador deixe um pouco a desejar, meio cara de beijo técnico demais)... Quem surpreende é Dakota Johnson na pele de Anastasia Steele. Aquele ar superinocente da personagem do livro dá lugar a uma mulher um pouco mais confiante, ainda que inexperiente quando o assunto é relacionamento. No filme, ela também aparece mais irônica, o que rende um toque bem humorado à história.
Sexo é mais comportado
E as esperadas cenas de sexo? Depois de muitos questionarem, dá para notar, sim, uma boa química entre o casal de protagonistas. Até tem pegação e em alguns momentos o filme esquenta, ainda que numa versão bem mais comportada do que no livro. Seja na primeira transa do casal, com um toque um pouco mais light, ou na cena em que Christian brinca com gelo (esta promete agradar bem!), como nos momentos do comentado “quarto vermelho da dor” (onde o protagonista tem seus brinquedos sexuais, tudo parece mais suave do que o retratado por E. L. James. Para se ter uma ideia, enquanto está no quarto, Christian passa grande parte do tempo de calça jeans, o que não parece muito coerente. Também nota-se que cada cena é muito bem ensaiada, desenhada mesmo e um pouco distante demais da realidade. De qualquer forma, o filme vale para materializar o casal que permeou a imaginação de milhões pessoas. Quem sabe os outros filmes da trilogia, já confirmados pela Universal Pictures venham mais quentes e fiéis aos livros.

Fonte:http://meus5minutos.globo.com/Diversao/noticia/2015/02/50-tons-de-cinza-estreia-com-mais-romance-e-menos-sexo.html

Fãs de 'Cinquenta tons de cinza' e curiosos se reúnem em pré-estreia
Salas de complexo de cinema da Barra da Tijuca ficaram lotadas para a primeira exibição do longa


RIO - A temperatura dava uma prévia de como seria a pré-estreia de "Cinquenta tons de cinza", na madrugada desta quarta-feira, na Barra da Tijuca. Lá fora, os termômetros indicavam 30°C. Lá dentro, jovens agitadas fotografavam em frente ao poster do longa, estrelado por Dakota Johnson e Jamie Dornan, dirigido por Sam Taylor-Johnson, usando algemas e máscaras.
Pôsteres foram distribuídos para o público, que estava ansioso, fosse pelo apego aos personagens do romance erótico de EL James ou pela curiosidade de ver as tão prometidas cenas de sexo e sadomasoquismo protagonizadas pela mocinha Anastasia Steele e o magnata fetichista Christian Grey.
O GLOBO acompanhou a movimentação, que reuniu homens e mulheres (mas principalmente mulheres), com idades que variavam dos 16 (a idade mínima para se assistir ao filme) aos 60 anos. Queríamos saber o que os motivou a dormir mais tarde no meio da semana para correr para o cinema, e se o longa atendeu às expectativas que, a julgar pelo tamanho das filas de um complexo de salas da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, eram altas.
– Li os três livros, mas a história é uma só, não tem como escolher um melhor. Tudo não passa de uma história de amor, sabe. É um romance, e o sexo faz parte. O livro todo é assim. Estou acompanhando (o filme) há um ano e, pelo que andei vendo, acho que vai ser muito fiel. Estou na expectativa – disse a estudante Jéssika Leal, de 23 anos, moradora do Pechincha, em Jacarepaguá.
Karla Laet, de 20 anos, esperava ver cenas tórridas de sexo.
– Eu já li os três livros e também li muitas críticas do filme, mas não dá pra ter ideia. Espero que tenha momentos bem quentes, porque todo mundo está ansioso para ver isso. Acho que dá para balancear o romance com o sexo.
Já Alzira Portel, de 48 anos, que divide o gosto pelos livros com a filha, estava apreensiva antes de as luzes da sala, lotada, se apagarem.
– Igual ao livro eu sei que o livro não vai ser nunca. Só espero que não seja muito água com açúcar.
A gerente de loja Naydiane Borges, de 25 anos, foi outra que preferiu não se empolgar muito antes da hora, mesmo tendo encarado a sessão da madrugada:
– Ler o livro antes é um saco, porque quando a gente vê o filme tem muita parte cortada.Acho que não vai ser tão bom.
Havia também quem estivesse ali com objetivos profissionais.
– Como eu sou psicóloga, estou curiosa pra saber o motivo da atração de tantas mulheres por essa história. Falei pro meu marido vir me acompanhar – contou Rita Palácio, de 52 anos.
Dentro das salas, já nas primeiras cenas, a insegurança da Ana de Dakota Johnson arrancou gargalhadas na plateia. Quando a mocinha e Grey finalmente se beijam, o público também reage: aplausos, gritos, risinhos. Conforme a relação dos protagonistas vai esquentando (a primeira cena de sexo só acontece aos 41 minutos de filme), as reações ficavam cada vez mais exacerbadas.
O poder de Grey é outro fator que mexe com a plateia:
– Os outros vão buscar de carro, o cara vai de helicóptero! – comentou uma menina.
Ao fim da projeção, as reações foram mistas. Houve aqueles que, claro, preferiram o detalhismo e a narrativa com ainda mais sexo do livro, mas houve também quem saísse satisfeito. Caso da advogada Rebeca Dias, de 26 anos, fã dos livros que improvisou uma crítica da adaptação.
– Achei que o Jamie (Dornan) incorporou mesmo o Christian Grey, e se saiu muito melhor do que eu esperava, na postura, no olhar. A Dakota (Johnson), mesmo mais velha do que a personagem, conseguiu dar um ar de menininha, mais retraída. As cenas de humor foram ótimas, eu ri da mesma maneira que eu ri lendo o livro. Faltaram detalhes da cronologia, além de coisas que precisavam ser mais bem elaboradas – explica.
Sobre a polêmica cena final, que colocou autora e diretora em pé de guerra (Sam ganhou, conseguindo fazer com que a frase final fosse "não" em vez de "vermelho", como a autora insistia), Rebeca criticou:
– O final precisava de mais agressividade, a personagem se mostrou muito frágil na tela, apesar da fala quase igual à que encerra o livro. Anastasia não é submissa, ela é apaixonada, mas acho que isso não apareceu muito no filme.
Karla ficou feliz com o que viu, apesar de concordar com Rebeca quanto ao tom das interpretações dos atores.
– Estou meio extasiada, mas acho que ficou faltando mais intensidade.



O longa, porém, não conseguiu mudar a opinião da pessimista Naydiane.
– Achei o filme péssimo, totalmente. Não foi muito fiel (ao livro). As cenas de sexo até foram legais, bem feitas, mas a história pulou muita coisa.


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