TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS - VISÃO GERAL


Tratamento das Disfunções
Sexuais Masculinas

Conforme mencionamos na introdução deste site, embora milhões de pessoas sofram com os problemas causados pelas disfunções sexuais, poucas são aquelas que procuram o tratamento adequado.
    Nos dias atuais, em decorrência da evolução contínua dos medicamentos, do aprimoramento das técnicas cirúrgicas e dos excelentes resultados obtidos pelas técnicas de psicoterapia, as disfunções sexuais são passíveis de altos percentuais de resolução.
    A dificuldade para iniciar o tratamento, seja por falta de oportunidade, vergonha ou medo de enfrentar os resultados é o grande obstáculo a ser vencido.
    A seguir abordaremos as principais formas de tratamento das disfunções sexuais masculinas mais freqüentes. Por fugir aos objetivos deste site, não mencionaremos nomes ou doses de produtos, lembrando mais uma vez que a auto medicação é perigosa e deve sempre ser evitada.

Formas de Tratamento da Disfunção Erétil

    Diante das novas descobertas terapêuticas e aos avanços tecnológicos da atualidade, pode-se afirmar, sem sombra de dúvidas, que a quase totalidade dos pacientes irá encontrar a cura de seu problema em uma das diversas formas de tratamento da disfunção erétil .
    O paciente e sua parceira devem discutir, livremente, com seu médico todas as opções de tratamento disponíveis para o seu caso, de forma a possibilitar a escolha mais adequada.
    Dentre as formas de tratamento encontram-se:
   Eliminação dos fatores de riscos
   
Como por exemplo: evitar o uso do fumo, álcool e drogas; tratar a hipertensão arterial, o diabetes e as taxas elevadas de colesterol ; substituir medicamentos que prejudiquem a ereção por outros sem tais efeitos colaterais; promover o controle do peso e a prática de exercícios físicos em pacientes obesos e sedentários ; evitar condições de stress , etc.
    
   Aconselhamento e ou psicoterapia

   
Os resultados positivos da psicoterapia quanto a melhora da ereção, nos casos de disfunção erétil de origem psicogênica, somam 75 % dos casos em seis meses e ao longo de três anos chega-se a soma   de 96%.
    A média é de 16 sessões na maioria dos casos.
    Os pacientes tratados em casais evoluem mais rapidamente.


  
  Medicamentos de uso oral
    
O tratamento da disfunção erétil com uma droga por via oral que seja eficaz e sem efeitos colaterais seria o ideal tanto para os médicos quanto para os pacientes.
    Ao longo do tempo, diversos medicamentos foram utilizados, todavia sem apresentar eficiência comprovada.
    Recentemente, com o lançamento das novas medicações orais, tais como:  Sildenafila (Viagra), Tadalafila (Cialis), Vardenafila (Levitra), Iodelafila (Helleva), etc,  estudos clínicos, tem apresentado excelentes resultados, dando um novo alento ao tratamento da Disfunção Erétil. Todavia, como todo medicamento, necessita uma avaliação criteriosa do paciente pelo médico de forma a estabelecer uma indicação precisa de seu uso.
    Em nenhuma hipótese o homem deve tentar "experimentar" qualquer medicação sem orientação médica. A automedicação é sempre perigosa e deve ser evitada.

  Dispositivos de constrição à vácuo

    
O estado de ereção é obtido através de uma pequena câmara de vácuo, onde é introduzido o pênis A sucção provocada pelo vácuo vai provocar o intumescimento dos tecidos do pênis.
    A ereção artificialmente provocada é mantida  através de um anel de borracha colocado na base do pênis que impede o retorno do sangue através das veias superficiais do mesmo. É um método de difícil emprego por pacientes que não possuam muita destreza manual
   Administração de medicamentos através da uretra

    
A medicação específica é introduzida na uretra, através de um aplicador próprio que acompanha o medicamento.
Estatisticamente, os resultados obtidos são inferiores aos observados com a injeção  intra-cavernosa.

   Aplicação de medicamentos no interior do corpo cavernoso
   

Há alguns anos atrás, a injeção intra-cavernosa de determinadas drogas era a forma mais comum de tratamento da disfunção erétil. Atualmente, ainda é bastante utilizada com excelentes resultados.
A injeção é aplicada pelo próprio paciente que deve ser bem orientado e treinado pelo médico, até o perfeito domínio do método. O sucesso do tratamento varia de 65 a 85% .

      

    É um procedimento cirúrgico, onde são colocadas estruturas cilíndricas de silicone, no interior dos corpos cavernosos, de modo a promover a manutenção artificial de um estado de rigidez peniana. 
    A indicação básica da utilização das próteses penianas são as disfunções eréteis de origem orgânica em pacientes que não se adaptem ou não apresentem resultados satisfatórios com outros métodos, menos invasivos de tratamento.

Atualmente as próteses mais utilizadas são de dois tipos:
Semi-rígidas - constituídas por dois cilindros com camadas de silicone que envolvem filamentos de prata ou aço inoxidável, permitindo uma rigidez e maleabilidade satisfatória do pênis. Promovem uma rigidez permanente ao pênis
Infláveis - constituídas por dois cilindros infláveis conectados a um reservatório de líquido e a uma bomba. As próteses infláveis podem ser de 2 volumes, quando os reservatórios ficam na base dos  próprios cilindros.

Os cilindros são introduzidos nos corpos cavernosos e a pequena bomba colocada sob a pele da bolsa escrotal.
O manuseio da bomba promove a insuflação do líquido nos cilindros provocando a rigidez do pênis.

 



Na prótese inflável  de três volumes  o líquido fica em um reservatório independente que é colocado no abdome.
 
As próteses infláveis, quando não acionadas,  permitem que o pênis assuma um aspecto mais natural de flacidez.
 
  Cirurgias venosas e arteriais.
    
Têm por objetivo restabelecer a perfeita circulação do sangue no pênis nos casos em que a mesma está comprometida levando a disfunção erétil.
    Diversas técnicas cirúrgicas foram propostas ao longo dos anos.
    Atualmente têm um papel limitado no tratamento da disfunção erétil.
 
O Tratamento Psicoterápico
    
Diversos estudos mostram que as formas clássicas de psicoterapia não apresentam bons resultados no tratamento da disfunção erétil psicogênica. Tais resultados, talvez sejam devidos ao fato de que, geralmente, essas técnicas demandam um tempo relativamente longo para produzir seus efeitos. Os pacientes que sofrem com a disfunção erétil, apesar de, em muitos casos, apresentarem o problema de longa data, ao recorrerem ao profissional, desejam um alívio rápido para o seu problema. Freqüentemente, quando não o conseguem, abandonam o tratamento.
    Técnicas mais rápidas de tratamento, chamadas, genericamente, de psicoterapia breve têm apresentado melhores resultados.  
    Os diversos métodos de tratamento não serão abordados aqui, em virtude dos objetivos práticos deste livro.
    A associação de psicoterapia e o uso de medicação que ajude a promover a ereção têm demonstrado ser benéfica aos resultados. Tal procedimento tem apresentado índices menores de abandono do tratamento do que a psicoterapia isolada. À medida que o paciente sinta-se mais seguro e comece a perceber os benefícios da terapia, a medicação poderá ser retirada sem maiores problemas.
    Conforme já mencionamos, diversas vezes, a disfunção erétil deve ser considerada como um problema do casal. O tratamento conjunto dos parceiros oferece um resultado mais rápido, melhor e mais duradouro. Afinal, o objetivo da terapia não é tão somente resolver o problema da ereção. Também é pretendida, uma melhora geral no relacionamento afetivo do casal, muitas vezes comprometido pelos transtornos causados pela disfunção erétil. O aumento da comunicação entre os parceiros, promovido pela terapia, tem efeitos extremamente benéficos sobre a relação.
    O tratamento psicoterápico permitirá ao homem reduzir sua ansiedade com relação à performance sexual, promoverá o aumento de sua confiança e auto-estima. As sessões psicoterápicas acabam cumprindo, também, um segundo papel. Durante a terapia, o paciente pode externar suas dúvidas, preconceitos e tabus em relação à atividade sexual. Estas questões deverão ser serão corrigidas através de uma ação educativa. Neste aspecto, cabe ressaltar que apesar de todos os avanços conseguidos pela nossa sociedade, na esfera da sexualidade, é impressionante a quantidade de dúvidas ainda existentes. Conceitos distorcidos podem ser encontrados em todos os segmentos socioeconômicos e culturais. 
    O tratamento psicoterápico dura em média de quatro a seis meses, com a periodicidade de uma sessão semanal. 
    Os resultados positivos, tomando por base a melhora da ereção são observados em 75 % dos pacientes, considerando um período de seis meses.
    O percentual de insucesso é devido ao abandono do tratamento ou àqueles casos que apresentam um comprometimento mais profundo em relação ao seu desenvolvimento emocional. Tais casos, em razão de sua complexidade, demandam um tratamento bem mais demorado.
    A psicoterapia de grupo está sendo utilizada no Hospital da Lagoa –RJ, para o tratamento da DE psicogênica. Este tipo de abordagem  revelou-se bastante eficaz. Ao interagir com outros indivíduos, com o mesmo tipo de dificuldade, o homem constata, na prática, que não está tão só e desamparado  frente ao seu problema. O vínculo estabelecido com o grupo fortalece o desejo de cura e diminui os índices de abandono da terapia.
 
Tratamento da Ejaculação Precoce

    O tratamento da ejaculação precoce é baseado, fundamentalmente, nos seguintes pontos:
  • Mudança da atitude do paciente frente à atividade sexual.  
            
  • Resolução da angustia e conflitos vividos pelo paciente.
     
  • Treinamento de técnicas que possibilitem identificar e adiar o momento da ejaculação.
     
  • Oferecer ao paciente e todas as informações e esclarecimentos necessários   para eliminar conceitos errados e tabus com relação à atividade sexual.
    Desnecessário dizer que, também no caso da ejaculação precoce, quando possível, a participação conjunta do casal é fundamental para o bom resultado do tratamento. Todavia, este procedimento somente será válido se contar com uma predisposição voluntária e sincera por parte da mulher. Uma participação imposta à parceira, além de ineficaz, pode desestimular o paciente.
    Tratamento Medicamentoso
    Nos dias atuais, parece consenso entre os médicos que o uso de determinados medicamentos devem ser usados, como coadjuvantes, no tratamento da ejaculação precoce. Mais uma vez, o leitor deve nos perdoar pela incessante repetição de que o uso de medicação é prerrogativa do médico. A automedicação é sempre perigosa e deve ser evitada.
    Substâncias empregadas para reduzir a ansiedade e certos antidepressivos estão entre os medicamentos mais utilizados.
    O uso de pomadas e cremes anestésicos, com o objetivo de diminuir a sensibilidade local, têm sido propostos por alguns autores que descrevem bons resultados com o seu uso. Importante mencionar que, nesses casos, o homem deve usas “camisinha” ou retirar a medicação antes do coito. Esses cuidados são para evitar que a mucosa vaginal seja anestesiada pelo medicamento, reduzindo a sensibilidade da parceira.

Tratamento da Falta de Desejo Sexual

    Os casos de origem orgânica serão tratados de acordo com a doença básica, compreendendo:
  • Reposição hormonal, quando necessário.
  • Substituição dos medicamentos que inibem a libido por outros que não apresentem tal efeito colateral.
  • Cirurgia, nos casos de tumores que comprometam as glândulas tireóide ou hipófise.
  • Uso de antidepressivos, nos casos em que o sintoma é devido a depressão.
  • Cuidados gerais de melhoria do estado físico do paciente, em doenças espoliativa.
    Os casos de origem psicogênica (emocional), na dependência do tempo de existência do sintoma e de sua intensidade, certamente se beneficiarão de uma das seguintes formas de Terapia:
  • Aconselhamento.
     
  • Terapia Sexual.
     
  •  Psicoterapia Breve.
     
  • Psicoterapia Clássica.

Fonte:http://www.saudesexual.med.br/trat_disf_masc.htm

Comentários