Sexo oral consiste em
toda a atividade sexual onde ocorre
estímulo dos genitais com a boca, a língua e
possivelmente com a garganta. Quando é feito no homem normalmente
é chamada felação/Fellatio e
quando é feito na mulher se chamacunilíngua/Cunnilingus. Pode ser realizado como preliminares antes do acto
sexual,
assim como o clímax de um acto
sexual, durante ou depois do acto Sexual. Pode ser por vezes realizado com a
exclusão de todas as outras formas da actividade sexual. No sexo oral, pode ou
não ser incluída a ingestão ou absorção do sêmen ou a secreção da vagina. Apresenta risco de transmissão de HIV,1 e
de outros agentes infecciosos, em especial do papilomavírus humano, que aumenta consideravelmente as chances de
câncer de garganta.2 A
ingestão destes fluidos sozinha, sem contato físico boca-genitália (por
exemplo, o fetiche facial
conhecido como bukkake), não é considerada sexo oral
Variações
69
A posição 69 (sessenta e nove) é uma posição de sexo oral onde dois parceiros promovem as estimulação oral mutuamente, os parceiros se posicionam paralelamente, mas em sentidos opostos (com a cabeça em direção ao pé do seu parceiro). O nome desta posição tem como referência a forma gráfica do 6 ser o inverso do 9.
Autofelação
Prática
O sexo oral é praticado em relacionamentos homo e heterossexuais. Em relacionamentos heterossexuais, o sexo oral pode ser um método do anticoncepcional, tendo em vista que gravidez é inviável desde que o esperma não entre em contato com a vagina. É importante ressalvar que o sexo oral não é um método eficaz de impedir as Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), embora algumas formas de DST se acredite serem menos prontamente transmissíveis dessa maneira.4 5Alguns casais heterossexuais usam o sexo oral como um substituto para o coito durante o ciclo menstrual mulher ou durante a gravidez.6
Alguns povos não consideram que o sexo oral possa mudar o status da sua virgindade sendo um ato aceitável por algumas pessoas que se auto-identificam como virgens.
Um relatório feito em setembro de 2005 pelo National Center for Health Statistics que foi base da introdução de uma reportagem feita em 26 de setembro de 2005 na revista Time. O relatório traz resultados de um inquérito com 12.000 americanos entre os idades de 15 e de 44 anos, e indica que mais da metade dos adolescentes entrevistados já praticaram sexo oral. Algumas manchetes interpretaram, na época que estas evidências como que se o sexo oral entre adolescente estivesse “em ascensão”, entretanto este foi o primeiro estudo detalhado deste tipo para examinar esta matéria.7
Saúde
DSTs
O sexo oral é uma das formas de transmissão de DSTs. As principais são: a AIDS, Hepatite B, Sífilis, HPV, Herpes Genital, entre outras.8 O uso do preservativo é totalmente necessário para evitar essas doenças, embora que seu uso nesse tipo de relação sexual traga preconceito.9
Se o parceiro que recebe tem feridas em seus órgãos genitais ou dentro de sua boca, isso representa um grande de transmissão de DST. Escovar os dentes, passar fio dental, passando por tratamento dentário, ou comer alimentos crocantes pouco tempo antes ou depois de fazer sexo oral também pode aumentar o risco de transmissão, porque todas essas atividades podem causar pequenos arranhões na mucosa da boca. Estas feridas, mesmo quando são microscópicos, aumentam as chances de contrair doenças sexualmente transmissíveis que podem ser transmitidas por via oral, sob essas condições.
Redução de aborto
O sexo oral é relacionada com a redução do risco de abortos espontâneos, induzindo tolerância imunológica a proteínas no esperma, um processo conhecido como tolerância paternal. Embora qualquer exposição ao sêmen do parceiro durante a atividade sexual parece diminuir as chances de uma mulher para os diversos transtornos imunológicos que podem ocorrer durante a gravidez, a tolerância imunológica pode ser mais rapidamente estabelecida através da introdução oral e absorção gastrointestinal de sêmen.10 11
Atitudes culturais
Atitudes culturais para o sexo oral foram da repulsa à reverência: na Roma Antiga, foi considerado um tabu,12 enquanto que no taoísmo é reverenciada como uma prática espiritual gratificante que aumenta a longevidade.13 Na cultura moderna ocidental, o sexo oral é amplamente praticado entre os adolescentes e adultos.
Além diso, já foi considerado um tabu ou pelo menos desaprovado em muitas culturas e partes do mundo.14 As pessoas dão várias razões para isso. Alguns dizem que esse ato sexual não leva àprocriação e, portanto, não é natural.15 Outros afirmam que é uma prática humilhante e/ou impuros (uma opinião que é, pelo menos em alguns casos, relacionado com o simbolismo ligado a diferentes partes do corpo).16
Foi observado que os animais de muitas espécies praticam sexo oral.17 18 O desejo de explorar algo com a boca é muito fácil de observar como um impulso intuitivo e natural. Também tem sido sugerido que existe uma vantagem evolutiva devido à tendência de primatas não-primatas e humanos para fazer sexo oral.19
Na pré-cristã Roma Antiga, os atos sexuais eram geralmente vistos através da submissão e controle. Sob este sistema, foi considerado abominável para um homem fazer felação, contudo quando recebia sexo oral de uma mulher ou outro homem de menor status social (como um escravo ou devedor) não era tão humilhante. Para os romanos o sexo oral era muito mais vergonhoso do que, por exemplo, osexo anal, pois os praticantes deveriam ter mau hálito e muitas vezes uma presença indesejada, como convidados em uma mesa de jantar.
Referências
- ↑ ¿Puedo contraer el VIH por tener relaciones sexuales orales? (em espanhol). Centros para el Control y la Prevención de Enfermedades. Página visitada em 10 de Novembro de 2008.
- ↑ Oral sex can cause throat cancer (em inglês). New Scientist. Página visitada em 10 de Novembro de 2008.
- ↑ Terra. Dicas para auto-felação, pratique você também. Página visitada em 12 de janeiro de 2012.
- ↑ Geffen Testing Center's HIV, Syphilis, and Hepatitis C Information Sheet (em inglês). GMHC. Página visitada em 4 de Novembro de 2006.
- ↑ Oral Sex (em inglês). University Health Center, Universidade de Georgia. Página visitada em 4 de Novembro de 2006.
- ↑ Bolsa de mulher. O que homens pensam sobre fazer sexo com mulheres menstruadas, é nojento?. Página visitada em 12 de janeiro de 2012.
- ↑ D. Lemonick, Michael (19 de Setembro de 2005). A Teen Twist on Sex (em inglês). Página visitada em 3 de Março de 2008.
- ↑ DST. Perguntas frequentes. Página visitada em 12 de janeiro de 2012.
- ↑ Terra. Dúvidas sobre sexo: Proteção no sexo oral. Página visitada em 12 de janeiro de 2012.
- ↑ Koelman CA, Coumans AB, Nijman HW, Doxiadis II, Dekker GA, Claas FH. (March 2000). "Correlation between oral sex and a low incidence of preeclampsia: a role for soluble HLA in seminal fluid?". Journal of Reproductive Immunology 46 (2): 155–166. DOI:10.1016/S0165-0378(99)00062-5.PMID 10706945.
- ↑ Fox, Douglas. "Gentle Persuasion", The New Scientist, February 9, 2002. Página visitada em June 17, 2007.
- ↑ Irrumation (em inglês). Sacred-texts.com.
- ↑ Octavio Paz (1969) Conjunctions and Disjunctions; trans. Helen R. Lane. London: Wildwood House; p. 97
- ↑ "The History of Fellatio", Salon.com, May 22, 2000.
- ↑ Oral Sex in Marriage (em inglês).
- ↑ Pina-Cabral, Joao de. (1992). "Tamed Violence: Genital Symbolism is Portugese popular culture". Man 28 (1): 101–120. DOI:10.2307/2804438.
- ↑ Woods, Stacey Grenrock. (1). "Do animals have oral sex?". Esquire.
- ↑ Min Tan; Gareth Jones, Guangjian Zhu, Jianping Ye, Tiyu Hong, Shanyi Zhou, Shuyi Zhang, Libiao Zhang. (October 28, 2009). "Fellatio by Fruit Bats Prolongs Copulation Time". PLoS ONE 4 (10): e7595. DOI:10.1371/journal.pone.0007595. PMID 19862320. Bibcode: 2009PLoSO...4.7595T.
- ↑ Brooks, Cassandra. (30). "A Little Fellatio Goes a long way".
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- ↑ Brooks, Cassandra. (30). "A Little Fellatio Goes a long way".
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Sexo_oral
Dez dicas para obter e ter prazer no sexo oral |
Por Ana Cláudia Simão
É talvez a forma mais íntima de estar sexualmente com o outro, sugerindo uma aceitação mútua, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Pode ser extremamente excitante para os dois, tanto para o que está recebendo quanto para o que está fazendo. Sexo oral é uma técnica de estimulação sexual que a maioria dos homens gostam e algumas mulheres se sentem desconfortáveis em fazer. Para estas mulheres o sexo oral pode estar ligado à moral, a algo sujo, sem pudor, associando esta estimulação a algum tipo de depreciação em relação a elas. Existe uma freqüente preocupação tanto dos homens quanto das mulheres sobre a higiene da atividade do sexo oral. Muitas pessoas cresceram com a idéia de que a área genital é suja, mesmo sabendo hoje que os genitais podem ser limpos como qualquer outra parte de seu corpo.
Tomar banho junto estimula o sexo oral
Uma maneira de ajudar os casais a administrar esta preocupação, é um banho, a dois, antes da relação sexual. Lavando os genitais um do outro, não só reforça a certeza da limpeza do genital do parceiro (a) como a ação pode provocar sensualidade e prazer.Naturalmente se um dos dois tiver alguma infecção genital, ou até alguma doença sexualmente transmissível, não será recomendável se envolver sexualmente até suas condições físicas melhorarem. O sexo oral não deverá ser feito se algum dos parceiros for portador do vírus HIV, ou se tiver boas razões de suspeitar que foi exposto ao vírus em uma relação sexual anterior. A maioria dos médicos acredita que não existe quase risco nenhum de transmissão do vírus na estimulação oral-genital, porque a saliva contém uma substância que aniquila o vírus. Entretanto, quem tem cortes na boca, infeccões ou sangramento, o que é bem comum, corre o risco de ser infectado se o parceiro ejacular.
1ª) Beije e lamba o abdome de sua parceira e a parte interior de suas coxas.
2ª) Abrindo as pernas de sua parceira, você pode passar a língua no períneo, que é a àrea entre a vagina e o ânus. Em muitas mulheres o períneo é repleto de terminais nervosos e, portanto, muito sensível ao ser tocado ou lambido, o que pode ser muito excitante.3ª) O clitóris é provavelmente a parte mais sensível do corpo da mulher. Você pode começar passando a língua bem devagar em volta dele, fazendo movimentos mais suaves ou dependendo de sua parceira, movimentos mais rápidos e movimentos de pressão. A comunicação neste momento é importante, pois os dois podem sentir prazer juntos nesta atividade. 4ª) Alguns casais gostam de tocar e estimular outras áreas do corpo do outro enquanto se estimulam oralmente. O homem, por exemplo, pode acariciar os seios, mamilos ou coxas da parceira. 5ª) A mulher pode acariciar os testículos, o peito do parceiro enquanto estimula seu pênis oralmente. 6ª) Durante a felação, a mulher pode segurar o pênis de seu parceiro e colocar a ponta da cabeça entre os lábios e gentilmente percorrê-lo com a boca. 7ª) Com o pênis de seu parceiro na boca, pressione com os lábios e depois tire-o da boca, repita este movimento alguma vezes. 8ª) Pressione a extremidade do pênis (ponta) com os lábios e beije-a como se fosse puxá-la. Não use os dentes a não ser que seu parceiro peça. 9ª) Pincele levemente com a língua ao longo da cabeça do pênis de seu parceiro e, ao mesmo tempo, faça uma massagem vertical para cima e para baixo. 10ª) O famoso 69, onde os dois se estimulam oralmente ao mesmo tempo. Toda atividade sexual não deverá ser realizada sob força ou coerção, pois só tende a acarretar medo ou desconforto, gerando no casal insatisfação e sentimentos negativos ao invés de prazer. Ana Cláudia Simão é sexóloga e psicóloga. Possui Mestrado em Sexologia pela Middlesex University & Whittington Hospital - London. |
Fonte:http://www2.uol.com.br/vyaestelar/sexo_oral.htm
Sexo oral: 5 dicas de como fazer
Transforme a sua boca no parque de diversão dele
Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.
Sexo oral é preferência entre os homens, isso toda mulhersabe. Mas para fazer com que a sua boca seja o lugar preferido dele, um verdadeiro parque de diversão, nós conversamos com alguns rapazes para saber o que eles mais gostam na hora H e pegamos cinco dicas quentespara você.
1 – Olho no olho –Na hora do sexo oral olhem para os olhos do seu parceiro e mostrem o quanto vocês gostam do que estão fazendo. Eles adoram ver e ter a certeza de que vocês não estão com “nojinho”
2 – Politicamente incorreta – Esqueça dos pudores e deixe a vergonha do lado de fora do quarto. Nada de tratar opênis do seu parceiro como um pirulito de cristal, mas não esqueça que ele também não é brinquedo. Capriche na salivação e chupe com vontade, fazendo sucção como se fosse puxar algo, nada dessa história de ficar só nas lambidinhas
2 – Politicamente incorreta – Esqueça dos pudores e deixe a vergonha do lado de fora do quarto. Nada de tratar opênis do seu parceiro como um pirulito de cristal, mas não esqueça que ele também não é brinquedo. Capriche na salivação e chupe com vontade, fazendo sucção como se fosse puxar algo, nada dessa história de ficar só nas lambidinhas
3 – Boca aberta – Tente colocar o pênis inteiro na boca ou o máximo que conseguir, não esquecendo de dar a devida atenção para as demais áreas. Ou seja, não esquecer da glande esaco.
4 – Sensações – Explore os sentidos do gato. Experimente levar para o quarto uma bala de menta, sorvete ou um copo de água gelada. Para apimentar ainda mais a brincadeira recorra ao uso de vendas, isso aguça os outros sentidos.
5 – Garganta profunda – Meninas, não tem jeito eles adoram ver você engolindo o gozo. Sair correndo para cuspir, segundo eles, é broxante.
Agora, é bom lembrar que antes de qualquer coisa é preciso que haja diálogo e intimidade entre o casal. Isso facilita a conversa e você pode deixar os pudores embaixo da cama, sem medo de expor suas preferências sexuais para o parceiro. Afinal, respeitar o limite do outro é fundamental.
Fonte:http://www.blogger.com/blogger.g?
Sexo oral pede proteção redobrada
Preservativo feminino não protege contra a transmissão de doenças
Os estudos sobre o sexo oral comprovam que a prática é bem vista pelos brasileiros. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Projeto de Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, 66,8% dos homens e 63,4% das mulheres admitem realizar a modalidade. Mas será que os brasileiros se protegem na hora do sexo oral? "A prática também pode transmitir todos os tipos de Doenças Sexualmente Transmissiveis (DST)", afirma a ginecologista Rosa Maria Neme.
De acordo com a especialista, de cada 10 mulheres que são atendidas no consultório, 7 confessam que não usam camisinha para fazer sexo oral em seus parceiros. Um dado preocupante devido os riscos que o sexo oral sem proteção pode trazer ao organismo. Doenças como herpes, sífilis e gonorreia podem ser facilmente transmitidas a partir da prática. "Uma pequena área lesada permite a entrada de um vírus. E vale lembrar que pequenos machucados na boca são muito comuns", explica o ginecologista e obstetra Linderman Alves Vieira.
Até mesmo o HIV, vírus causador da Aids, pode ser transmitido através do sexo oral, embora as chances de contaminação sejam menores do que quando ocorre a penetração. "O pH da boca (neutro e-ou levemente ácido) e o contato somente com a superfície do pênis ou da vagina diminuem os riscos de contágio. Mas, mesmo apesar de pequeno, o perigo existe", diz a ginecologista Maria Rosa Neme. Proteção na mulher
Os ginecologistas são taxativos ao dizer que a proteção da vagina para a prática do sexo oral é totalmente deficiente. "No caso das mulheres o problema é maior, porque não existe nenhum amparo específico, como há a camisinha masculina, para a prática do sexo oral", diz a ginecologista Rosa Maria Neme.
Mas existe algum jeito de se proteger? "Mesmo a camisinha feminina não vai proteger, então, a dica é utilizar o papel filme (o mesmo usado na cozinha para embalar alimentos) para cobrir a vagina e não existir o contato direto da boca com a pele", diz a especialista. "O papel deve fazer a cobertura de toda a região da vagina. A boca só pode entrar em contato com o plástico, e não com a vulva", ressalta.
Outra dica da ginecologista é usar a camisinha masculina como escudo. "Cortar a camisinha ao meio e colocá-la sob a vulva pode ser uma alternativa. O lado positivo é que elas apresentam sabores e até texturas diferenciadas, fatores que favorecem a utilização", diz.Proteção no homem
Os problemas são menores quando o sexo oral é realizado no homem, pois a camisinha apresenta uma proteção bastante eficiente. "O preservativo impede que a boca entre em contato direto com o pênis, oferecendo a proteção necessária", diz o ginecologista Linderman Alves Vieira.
Mas, vale lembrar que a camisinha deve ser usada para todas as variações da relação sexual . "Existem pessoas que só colocam a camisinha no meio da prática do sexo oral, hábito que anula a proteção. Ela deve ser colocada logo que o sexo passar das preliminares", afirma o especialista.Os riscos que envolvem o sêmen
O contato do sêmen com a boca pode transmitir doenças como a gonorréia. "Se existir alguma lesão na boca, a contaminação das DSTs podem acontecer. O contágio pode ocorrer mesmo quando o esperma não é engolido", afirma a ginecologista Rosa Maria Neme. Higiene em dia
A falta de higienização das partes íntimas sugere um risco de contaminação ainda maior. "Quando o parceiro não apresenta nenhuma contaminação de doenças, como herpes ou sífilis, mas não prioriza a higienização, as doenças também podem aparecer. Infecções por fungos e bactérias, que causam corrimentos e coceiras, são as principais preocupações", diz Linderman Alves Vieira.
De acordo com a especialista, de cada 10 mulheres que são atendidas no consultório, 7 confessam que não usam camisinha para fazer sexo oral em seus parceiros. Um dado preocupante devido os riscos que o sexo oral sem proteção pode trazer ao organismo. Doenças como herpes, sífilis e gonorreia podem ser facilmente transmitidas a partir da prática. "Uma pequena área lesada permite a entrada de um vírus. E vale lembrar que pequenos machucados na boca são muito comuns", explica o ginecologista e obstetra Linderman Alves Vieira.
Até mesmo o HIV, vírus causador da Aids, pode ser transmitido através do sexo oral, embora as chances de contaminação sejam menores do que quando ocorre a penetração. "O pH da boca (neutro e-ou levemente ácido) e o contato somente com a superfície do pênis ou da vagina diminuem os riscos de contágio. Mas, mesmo apesar de pequeno, o perigo existe", diz a ginecologista Maria Rosa Neme. Proteção na mulher
Os ginecologistas são taxativos ao dizer que a proteção da vagina para a prática do sexo oral é totalmente deficiente. "No caso das mulheres o problema é maior, porque não existe nenhum amparo específico, como há a camisinha masculina, para a prática do sexo oral", diz a ginecologista Rosa Maria Neme.
Mas existe algum jeito de se proteger? "Mesmo a camisinha feminina não vai proteger, então, a dica é utilizar o papel filme (o mesmo usado na cozinha para embalar alimentos) para cobrir a vagina e não existir o contato direto da boca com a pele", diz a especialista. "O papel deve fazer a cobertura de toda a região da vagina. A boca só pode entrar em contato com o plástico, e não com a vulva", ressalta.
Outra dica da ginecologista é usar a camisinha masculina como escudo. "Cortar a camisinha ao meio e colocá-la sob a vulva pode ser uma alternativa. O lado positivo é que elas apresentam sabores e até texturas diferenciadas, fatores que favorecem a utilização", diz.Proteção no homem
Os problemas são menores quando o sexo oral é realizado no homem, pois a camisinha apresenta uma proteção bastante eficiente. "O preservativo impede que a boca entre em contato direto com o pênis, oferecendo a proteção necessária", diz o ginecologista Linderman Alves Vieira.
Mas, vale lembrar que a camisinha deve ser usada para todas as variações da relação sexual . "Existem pessoas que só colocam a camisinha no meio da prática do sexo oral, hábito que anula a proteção. Ela deve ser colocada logo que o sexo passar das preliminares", afirma o especialista.Os riscos que envolvem o sêmen
O contato do sêmen com a boca pode transmitir doenças como a gonorréia. "Se existir alguma lesão na boca, a contaminação das DSTs podem acontecer. O contágio pode ocorrer mesmo quando o esperma não é engolido", afirma a ginecologista Rosa Maria Neme. Higiene em dia
A falta de higienização das partes íntimas sugere um risco de contaminação ainda maior. "Quando o parceiro não apresenta nenhuma contaminação de doenças, como herpes ou sífilis, mas não prioriza a higienização, as doenças também podem aparecer. Infecções por fungos e bactérias, que causam corrimentos e coceiras, são as principais preocupações", diz Linderman Alves Vieira.
Sexo oral
Mistura segura e saborosa
Quem procura sexo oral com sabor, deve dar atenção para produtos específicos para a prática, em geral antialérgicos, que garantem o prazer sem prejuízos. Utilizar alimentos como leite condensado, chantily, mel, entre outros elementos gastronômicos, pode causar irritações e alergias nos órgãos genitais.
Camisinha de língua
Há produtos à venda no mercado, conhecidos como camisinha de língua, mas o aparato não tem função de proteger, e sim a de funcionar como um estímulo para a hora do sexo oral, já que possui textura, sabor e até massageador, "O produto protege apenas a região da língua, deixando o resto da boca vulnerável", explica a ginecologista.
Quem procura sexo oral com sabor, deve dar atenção para produtos específicos para a prática, em geral antialérgicos, que garantem o prazer sem prejuízos. Utilizar alimentos como leite condensado, chantily, mel, entre outros elementos gastronômicos, pode causar irritações e alergias nos órgãos genitais.
Camisinha de língua
Há produtos à venda no mercado, conhecidos como camisinha de língua, mas o aparato não tem função de proteger, e sim a de funcionar como um estímulo para a hora do sexo oral, já que possui textura, sabor e até massageador, "O produto protege apenas a região da língua, deixando o resto da boca vulnerável", explica a ginecologista.
"Toda relação sexual apresenta riscos, o que podemos frisar é que a proteção precisa existir"
Prática consciente
Mesmo com tantas considerações, os especialistas afirmam que a prática do sexo oral não precisa ser abolida da rotina. "Toda relação sexual apresenta riscos, o que podemos frisar é que a proteção precisa existir. O sexo com penetração, por exemplo, apresenta diversos riscos de contaminação, mas se realizado com consciência tem os perigos eliminados", afirma Linderman.
Mesmo com tantas considerações, os especialistas afirmam que a prática do sexo oral não precisa ser abolida da rotina. "Toda relação sexual apresenta riscos, o que podemos frisar é que a proteção precisa existir. O sexo com penetração, por exemplo, apresenta diversos riscos de contaminação, mas se realizado com consciência tem os perigos eliminados", afirma Linderman.
Sexo oral pode transmitir DST?
Descubra alguns mitos e verdades
- Camisinha é o método mais fácil e eficiente de impedir o contato com sangue, esperma e secreção vaginal
Casais que são fieis precisam usar camisinha? Beijo na boca transmite Aids? Sexo oral é seguro? Quando se trata de doenças sexualmente transmissíveis – as DSTs – as dúvidas são muitas – e os mitos que as cercam também.
A informação é uma das armas mais poderosas contra as DSTs. Isso porque, com o conhecimento correto de como se agir, muitas dessas doenças podem ser evitadas. "A informação e a educação são ferramentas muito importantes, na medida em que podem evitar o contágio da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis", afirma o médico infectologista e imunologista Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e coordenador do comitê de retroviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Por outro lado, a falta de informação pode agravar o quadro. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada no ano passado, mais de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de alguma DST. Desse total, cerca de 30% não buscaram atendimento médico – o que pode agravar o quadro da doença e torná-la mais difícil de ser tratada, deixar a pessoa mais suscetível ao aparecimento de outras doenças oportunistas e até mesmo levar à morte.
Os números são alarmantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 340 milhões de casos de DSTs ocorram no mundo anualmente. Só de Aids já existem 33,5 milhões de pessoas infectadas em todo o planeta hoje (490 mil só no Brasil), segundo dados da Unaids (órgão especial da ONU para a Aids).
A informação é uma das armas mais poderosas contra as DSTs. Isso porque, com o conhecimento correto de como se agir, muitas dessas doenças podem ser evitadas. "A informação e a educação são ferramentas muito importantes, na medida em que podem evitar o contágio da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis", afirma o médico infectologista e imunologista Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e coordenador do comitê de retroviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Por outro lado, a falta de informação pode agravar o quadro. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada no ano passado, mais de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de alguma DST. Desse total, cerca de 30% não buscaram atendimento médico – o que pode agravar o quadro da doença e torná-la mais difícil de ser tratada, deixar a pessoa mais suscetível ao aparecimento de outras doenças oportunistas e até mesmo levar à morte.
Os números são alarmantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 340 milhões de casos de DSTs ocorram no mundo anualmente. Só de Aids já existem 33,5 milhões de pessoas infectadas em todo o planeta hoje (490 mil só no Brasil), segundo dados da Unaids (órgão especial da ONU para a Aids).
O sexo e as doenças
Como o próprio nome diz, as doenças sexualmente transmissíveis são transmitidas, na maioria das vezes, por meio do ato sexual (vaginal, anal ou oral). Algumas delas, como a Aids e a hepatite B, também podem ser transmitidas por objetos perfurantes ou cortantes contaminados (como seringas e lâminas).
"As doenças sexualmente transmissíveis, também conhecidas como doenças venéreas, transmissíveis, são infecções transmitidas através de relações sexuais, onde os fungos, vírus, bactérias etc. são transportados pelo sêmen ou fluidos sexuais", explica Rodrigo de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo.
Algumas pessoas acreditam que utensílios pessoais íntimos mal higienizados (roupas íntimas e toalhas de banho, por exemplo) também podem transmitir a DST, mas esse é um tema controverso. Isso porque é muito difícil que um vírus ou bactéria sobreviva em uma toalha, por exemplo. Mas alguns pesquisadores acreditam que, apesar de rara, essa transmissão pode acorrer no caso de algumas doenças, como o HPV e o chato (uma espécie de piolho).
Sinais de alerta
As principais DSTs são sífilis, gonorreia, tricomona, clamídia, candidíase, herpes genital, hepatite B e Aids. A sífilis caracteriza-se pelo surgimento de lesões, primeiramente nos órgãos genitais, e depois em todo o corpo, e pode levar a complicações cardiovasculares e nervosas.
Como o próprio nome diz, as doenças sexualmente transmissíveis são transmitidas, na maioria das vezes, por meio do ato sexual (vaginal, anal ou oral). Algumas delas, como a Aids e a hepatite B, também podem ser transmitidas por objetos perfurantes ou cortantes contaminados (como seringas e lâminas).
"As doenças sexualmente transmissíveis, também conhecidas como doenças venéreas, transmissíveis, são infecções transmitidas através de relações sexuais, onde os fungos, vírus, bactérias etc. são transportados pelo sêmen ou fluidos sexuais", explica Rodrigo de Freitas, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo.
Algumas pessoas acreditam que utensílios pessoais íntimos mal higienizados (roupas íntimas e toalhas de banho, por exemplo) também podem transmitir a DST, mas esse é um tema controverso. Isso porque é muito difícil que um vírus ou bactéria sobreviva em uma toalha, por exemplo. Mas alguns pesquisadores acreditam que, apesar de rara, essa transmissão pode acorrer no caso de algumas doenças, como o HPV e o chato (uma espécie de piolho).
Sinais de alerta
As principais DSTs são sífilis, gonorreia, tricomona, clamídia, candidíase, herpes genital, hepatite B e Aids. A sífilis caracteriza-se pelo surgimento de lesões, primeiramente nos órgãos genitais, e depois em todo o corpo, e pode levar a complicações cardiovasculares e nervosas.
A gonorreia provoca a inflamação do canal urinário e pode se alastrar para outros órgãos, causando complicações como artrite, meningite e problemas cardíacos. O tricomona provoca quadros inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres.
A clamídia provoca inflamação nos canais genitais e urinários, e pode causar infertilidade. A candidíase causa infecção genital, além de inchaço e vermelhidão nos órgãos genitais. O herpes genital caracteriza-se pelo surgimento de pequenas lesões dolorosas nos genitais.
Hepatite B provoca a infecção das células do fígado, e pode levar à insuficiência hepática crônica. A Aids provoca a baixa imunidade do organismo, deixando a pessoa suscetível a outras infecções, e pode levar à morte.
Apesar de serem doenças variadas, com sintomas variados, elas compartilham alguns sinais, que devem servir de alerta para a pessoa buscar assistência médica o mais rápido possível.
"Os sintomas são frequentes e visíveis das DSTs são úlcera genital, bolhas genitais, corrimentos e verrugas. No entanto, existem algumas dessas doenças – como Aids e hepatite B – que podem evoluir de forma assintomática", afirma Freitas, do Hospital Samaritano de São Paulo. Desta forma, o melhor é realizar exames periódicos para garantir que tudo está bem.
Apesar das DSTs serem envoltas em tabus, e muitas pessoas terem até mesmo vergonha de falar sobre elas com um especialista, é importante procurar ajudar logo nos primeiros sinais. Ficar calado e "esperar passar" pode acabar trazendo consequências muito graves, como infertilidade, surgimento de outras doenças oportunistas e até morte. Sem contar que a pessoa pode contaminar outras e disseminar a doença.
"As consequências de uma DST não tratada varia muito de acordo com a doença, mas podem ser inflamações pélvicas (muitas vezes chegando a formar abscessos e necessitar de cirurgia), esterilidade, câncer (de colo uterino, de ânus, de pênis e de garganta), hepatite crônica (caso das hepatites B e C), e morte", alerta Alessandra Bedin Ciminelli Rubino, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.
Prevenindo para não remediar
Um dos mitos que cercam as DSTs é que casais fiéis estão fora de perigo. Mas não é bem assim. Toda população sexualmente ativa, sem distinção, é passiva de contágio. "Qualquer um que tenha relações sexuais sem cuidado está em risco", alerta Rubino.
Para se prevenir, o melhor método é usar o preservativo em todas as relações sexuais. A camisinha é a maneira mais fácil e eficiente de impedir o contato com sangue, esperma e secreção vaginal. Se utilizado corretamente, o risco de transmissão cai para 5%. Isso porque algumas doenças podem causar feridas em regiões não cobertas pelo preservativo.
"O uso da camisinha deve ser um hábito e pode até melhorar a relação. É preciso desconstruir o imaginário popular de que fazer sexo sem o preservativo é melhor", afirma o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.
O preservativo começou a ser distribuído pelo Ministério da Saúde em 1994 e está disponível nas unidades básicas de saúde, centros de testagem e aconselhamento, serviços especializados e bancos de preservativos.
Também existem vacinas contra algumas DSTs, como é o caso do HPV e da hepatite B. "Além disso, exames clínicos periódicos com seu médico também ajudam, no mínimo para prevenir as complicações das mesmas", recomenda Rubino.
Apesar de todas as DSTs terem tratamento, nem todas têm cura. Esse é o caso do herpes genital, da hepatite B crônica e da Aids. Para estas existe somente controle. E esse é mais um motivo para se prevenir.
"Todas as DSTs têm tratamento, mas isso não significa que seja fácil: ele exige comprometimento, adesão e acompanhamento, e às vezes dura a vida toda – como é o caso da Aids. É muito melhor prevenir do que remediar", diz Kallas.
A clamídia provoca inflamação nos canais genitais e urinários, e pode causar infertilidade. A candidíase causa infecção genital, além de inchaço e vermelhidão nos órgãos genitais. O herpes genital caracteriza-se pelo surgimento de pequenas lesões dolorosas nos genitais.
Hepatite B provoca a infecção das células do fígado, e pode levar à insuficiência hepática crônica. A Aids provoca a baixa imunidade do organismo, deixando a pessoa suscetível a outras infecções, e pode levar à morte.
Apesar de serem doenças variadas, com sintomas variados, elas compartilham alguns sinais, que devem servir de alerta para a pessoa buscar assistência médica o mais rápido possível.
"Os sintomas são frequentes e visíveis das DSTs são úlcera genital, bolhas genitais, corrimentos e verrugas. No entanto, existem algumas dessas doenças – como Aids e hepatite B – que podem evoluir de forma assintomática", afirma Freitas, do Hospital Samaritano de São Paulo. Desta forma, o melhor é realizar exames periódicos para garantir que tudo está bem.
Apesar das DSTs serem envoltas em tabus, e muitas pessoas terem até mesmo vergonha de falar sobre elas com um especialista, é importante procurar ajudar logo nos primeiros sinais. Ficar calado e "esperar passar" pode acabar trazendo consequências muito graves, como infertilidade, surgimento de outras doenças oportunistas e até morte. Sem contar que a pessoa pode contaminar outras e disseminar a doença.
"As consequências de uma DST não tratada varia muito de acordo com a doença, mas podem ser inflamações pélvicas (muitas vezes chegando a formar abscessos e necessitar de cirurgia), esterilidade, câncer (de colo uterino, de ânus, de pênis e de garganta), hepatite crônica (caso das hepatites B e C), e morte", alerta Alessandra Bedin Ciminelli Rubino, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.
Prevenindo para não remediar
Um dos mitos que cercam as DSTs é que casais fiéis estão fora de perigo. Mas não é bem assim. Toda população sexualmente ativa, sem distinção, é passiva de contágio. "Qualquer um que tenha relações sexuais sem cuidado está em risco", alerta Rubino.
Para se prevenir, o melhor método é usar o preservativo em todas as relações sexuais. A camisinha é a maneira mais fácil e eficiente de impedir o contato com sangue, esperma e secreção vaginal. Se utilizado corretamente, o risco de transmissão cai para 5%. Isso porque algumas doenças podem causar feridas em regiões não cobertas pelo preservativo.
"O uso da camisinha deve ser um hábito e pode até melhorar a relação. É preciso desconstruir o imaginário popular de que fazer sexo sem o preservativo é melhor", afirma o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.
O preservativo começou a ser distribuído pelo Ministério da Saúde em 1994 e está disponível nas unidades básicas de saúde, centros de testagem e aconselhamento, serviços especializados e bancos de preservativos.
Também existem vacinas contra algumas DSTs, como é o caso do HPV e da hepatite B. "Além disso, exames clínicos periódicos com seu médico também ajudam, no mínimo para prevenir as complicações das mesmas", recomenda Rubino.
Apesar de todas as DSTs terem tratamento, nem todas têm cura. Esse é o caso do herpes genital, da hepatite B crônica e da Aids. Para estas existe somente controle. E esse é mais um motivo para se prevenir.
"Todas as DSTs têm tratamento, mas isso não significa que seja fácil: ele exige comprometimento, adesão e acompanhamento, e às vezes dura a vida toda – como é o caso da Aids. É muito melhor prevenir do que remediar", diz Kallas.
Sexo oral causa mais câncer de garganta que cigarro e bebida, diz pesquisa
Getty Images
Pessoas que tiveram mais do que seis parceiros tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta
O tabaco, substância presente no cigarro, e o consumo de bebidas alcoólicas sempre foram apontados como um dos principais fatores para desenvolvimento de câncer na região da garganta. Pois agora cientistas afirmam que o sexo oral ocupa o topo da lista entre os comportamentos de risco.
Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador de verrugas no colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.
Homens com mais de 50 anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta. Principalmente aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus.
Outros países como Inglaterra e Suécia também identificaram aumento da doença devido ao HPV. Na Suécia, apenas 25% dos casos tinham relação com o vírus na década de 1970 e, agora, o índice chega a 90%, de acordo com uma das pesquisadoras, a professora Maura Gillison.
Segundo ela, alguém infectado com o tipo de vírus associado ao câncer de garganta tem 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a pesquisadora.
Os resultados do levantamento vão ao encontro de outros já feitos sobre o mesmo tema, como o realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Realizado no ano passado, o estudo apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.
Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres. Em países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados, previne até 90% dos casos de infecções.
No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento. O governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.
Fonte: Terra
HPV está ligado a um terço dos casos de câncer de garganta
O HPV (papilomavírus humano) é a principal causa de câncer cervical, e o vírus é conhecido por se espalhar através do contato genital ou oral.
Um terço das pessoas diagnosticadas com câncer na garganta foi infectado com uma forma do vírus HPV, sugere um estudo. O HPV (papilomavírus humano) é a principal causa de câncer cervical, e o vírus é conhecido por se espalhar através do contato genital ou oral.
Especialistas dizem que um estudo no periódico Journal of Clinical Oncology, que quantifica a ligação entre o vírus e a doença , mostrou "resultados impressionantes". Existem mais de 100 tipos de HPV. A maioria das pessoas serão infectadas pelo HPV em algum momento, mas na maior parte o sistema imunológico oferecerá proteção.
Existem duas estirpes de HPV que são mais susceptíveis de causar câncer - HPV-16 e HPV-18. HPV-16 é supostamente responsável por cerca de 60% dos casos de câncer do colo do útero, 80% dos casos de câncer no ânus e 60% dos cânceres orais. Cerca de 1.500 pessoas são diagnosticadas com câncer de garganta a cada ano no Reino Unido, com cerca de 470 mortes em decorrência da doença.
SOBREVIVÊNCIA - Este estudo analisou a ligação do HPV com câncer do fundo da garganta - câncer de orofaringe. Foram observados os resultados dos testes de sangue coletados de pessoas que participaram de um grande estudo prospectivo em estilo de vida e câncer, que eram todos saudáveis no início.
Todos cederam uma amostra de sangue, quando participam do estudo, e, neste caso, os pesquisadores foram capazes de verificar a presença de anticorpos contra uma das principais proteínas do HPV - o E6. O E6 derruba parte do sistema de proteção das células que deveria prevenir o desenvolvimento de câncer. Ter os anticorpos significa que o HPV já superou este sistema de defesa e provocou alterações - que podem ser cancerígenas - nas células.
Os pesquisadores compararam os resultados dos testes de sangue - alguns realizados há mais de 10 anos - de 135 pessoas que desenvolveram câncer de garganta com o de 1.599 pessoas sem câncer. A equipe da Universidade de Oxford constatou que 35% das pessoas com câncer na garganta tinham os anticorpos, em comparação com menos de 1% das pessoas que estavam livres do câncer.
No entanto, esses pacientes eram mais propensos a sobreviver ao câncer de garganta do que as pessoas cuja doença tinha outras causas, como uso de álcool ou tabaco. O estudo constatou que 84% das pessoas com os anticorpos ainda estavam vivas cinco anos após o diagnóstico, em comparação com 58% daqueles sem os anticorpos.
EFEITO - A doutora Ruth Travis, cientista do Cancer Research UK, em Oxford, que trabalhou no estudo, disse: "Esses resultados surpreendentes fornecem alguma evidência de que a infecção por HPV-16 pode ser uma importante causa de câncer de orofaringe".
Sara Hiom, diretora de informação de saúde do Cancer Research UK, disse: "O HPV é um vírus extremamente comum. Praticar sexo seguro pode reduzir o risco de contrair ou transmitir o HPV, mas preservativos não conter as infecções por completo." Ela acrescentou: "Se a vacina contra HPV também pode proteger contra infecções de HPV oral e câncer, então ele poderia ter um potencial efeito protetor mais amplo, mas não temos pesquisa suficiente ainda para nos dizer."
Fonte: BBC Brasil
Por que praticamos sexo oral?
PESQUISADORES QUESTIONAM SE, ALÉM DO PRAZER, PODE HAVER RAZÕES EVOLUTIVAS
Você já parou para se perguntar qual o sentido da existência do orgasmo feminino? A questão é mais capciosa - e menos machista - do que parece. O orgasmo masculino tem uma clara função de ejacular esperma e garantir sua reprodução. Já para a mulher, não é necessário chegar ao orgasmo para ocorrer a liberação dos óvulos pelos ovários. Fisiologicamente, ele envolve apenas o prazer, e não a continuidade da espécie.
Para horror das feministas, há quem acredite que o orgasmo feminino é apenas um subproduto da evolução paralela entre homens e mulheres, sem nenhuma função, assim como os mamilos que os machos compartilham com as fêmeas - e que só as últimas utilizam a contento, na hora de amamentar.
Nessa mesma linha de raciocínio, e levando em conta o fato de que um percentual significativo das mulheres atinge o orgasmo mais rapidamente com estímulos no clitóris, vários cientistas de várias épocas diferentes já se perguntaram: como surgiu e qual o sentido do sexo oral - mais especificamente, do cunnilingus? Seria ele apenas uma maneira de o homem proporcionar mais satisfação e garantir a felicidade - e fidelidade - de seu par, ou há alguma outra explicação técnica para termos desenvolvido essa habilidade?
O departamento de psicologia da Oakland University analisou o comportamento de 243 casais heterosexuais nos EUA e na Alemanha (clique aqui para ler o PDF) para colocar em xeque uma teoria bastante interessante: a de que o orgasmo feminino causa um aumento da pressão negativa dentro da vagina - o que estaria relacionado às contrações geradas ali nesse momento mágico - , e que isso poderia "sugar" mais facilmente o esperma para dentro dos óvulos, aumentando sua fertilidade caso a ejaculação masculina ocorresse em um período bem próximo.
Mas como os próprios cientistas admitem, a teoria não pode ser comprovada, pois até agora nenhuma pesquisa demonstrou que orgasmos atingidos ao mesmo tempo pelos parceiros são mais férteis, muito menos que a sequência "cair de boca - fazer a parceira gozar - ejacular logo depois" aumenta as chances de gerar um filho. Entre os casais, pouquíssimos conseguiam reproduzir tal sincronia. O sexo oral, portanto, não surgiu como um aprimoramento evolutivo da arte de procriar.
Resta a explicação mais sensata, mas menos científica: o cunnilingus existe porque permite ao homem dar grande satisfação à mulher, reforçando o vínculo, a confiança e a atração entre eles - e por tabela aumentando a chance de este homem ser o escolhido para procriar.
Fonte:http://gq.globo.com/Corpo/noticia/2013/09/por-que-praticamos-sexo-oral.html
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