Lesbianismo - Amor entre Mulheres
O amor entre mulheres tem ganhado cada vez mais espaço e conquistado seus direitos, assim como casais heterossexuais. Confira mais sobre o lesbianismo e o amor entre mulheres.
Atualmente muito se discute sobre a sexualidade no mundo. Muitos não aceitam, a maioria é indiferente, mas o fato é que ainda há muito preconceito por parte de grande parte da população. Muitos se dizem “não preconceituosos”, mas na prática é bem diferente. Enquanto não convivemos com pessoas homossexuais, tudo parece normal, mas ao se deparar com uma cena de beijo entre pessoas do mesmo sexo, garantimos que para muita gente isso será uma afronta e pouca vergonha. Mas, por que?Embora tudo tem avançado hoje em dia e tudo seja mais fácil de se discutir, a sexualidade das pessoas ainda parece um certo tabu. Muitos não entendem, outros não fazem questão de entender e apenas julgam. Para tudo se tem uma explicação e nada vem de meras empolgações, as coisas não funcionam assim. Claro que em um meio GLS (Gays Lésbicas e Simpatizantes), existem muita gente da “folia”, que realmente não sabe o que quer e resolveu experimentar pra ver se curte.
No meio da homossexualidade, o lesbianismo é o menos mal visto pela sociedade, que se mostra machista mesmo nos tempos de hoje. O lesbianismo já é algo antigo, dos tempos entre os séculos VI e VII a.C. Para quem sempre achou que fosse algo recente, aprenda hoje um pouco sobre a história do lesbianismo e o amor entre mulheres.
Início e Direitos Civis
Antigamente, o termo “lésbica” se referia apenas aos habitantes da ilha de Lesbos, localizada na Grécia. A ilha era um importante centro cultural, onde vivia uma poetisa chamada Safo, que escrevia poemas sobre amor e beleza, em sua maioria dirigidos às mulheres. Por esse motivo, a relação sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianismo.Após muita luta contra a discriminação e tanto preconceito, as lésbicas, assim como gays, conseguiram obter na justiça os mesmos direitos e benefícios que são concedidos a pessoas heterossexuais que vivem relações estáveis, tendo até reconhecimento pelo INSS em caso de morte da companheira. Esses benefícios conseguidos com tanta luta pelas homossexuais, são cobiçadas por lésbicas de outros países, que estão lutando pelo mesmo de forma mais lenta. Embora alguns direitos tenham sido conseguidos, outras exibições em público ainda parecem chocar as pessoas, como beijos ou qualquer demonstração de carinho público entre duas mulheres.
Lesbianismo – Amor entre Mulheres
Confira algumas fotos de lesbianismo e o amor entre mulheres:História do lesbianismo
É impossível determinar o momento na História em que surgiu a primeira relação lésbica, mas certos documentos históricos permitem que se faça uma ideia da evolução do lesbianismo. No primeiro código conhecido sobre a história, o Código de Hammurabi (1770 a.C.), aparece a "Salzikrum", uma figura que caracteriza uma "mulher-homem" que pode ter uma ou várias esposas e direitos exclusivos da hereditariedade. A palavra Salzikrum significa a "filha-macho". A Salzikrum provavelmente nunca teve crianças, tal como o eunuco.
Embora os documentos nesta matéria sejam escassos, parece que em comunidades remotas da Albânia, Jugoslávia e Itália foram aceitas relações lésbicas. Na China também há relações descritas entre mulheres que inter-gesticulavam como marido e mulher, situação à qual aludia com o termo dui shi.
Segundo a maioria dos historiadores, o primeiro texto poético foi criado por uma mulher chamada Enheduanna, a filha do rei Sargón I de Acádia. Esta princesa e sacerdotisa, no ano 2300 antes de Cristo, compunha canções em honra de Inanna, a Deusa do Amor e da Guerra. A historiadora Judy Grahn, pesquisadora da cultura homossexual, fez uma leitura lésbica dos hinos da princesa Enheduanna. realça-se na exaltação sensual da beleza que ela faz no seus cânticos sobre a deusa, a que até se referia como "esposa".
Em 630-560 antes de Cristo surgem aqueles que são considerados uns dos primeiros documentos de amor feminino, com Safo, uma poetisa grega que vivia na ilha da Lesbos 1 . Os seus poemas sobre o amor sexual, amor emocional e platónico entre ela e outras mulheres e a sua propagação através dos séculos, fizeram do termo "lesbianismo" sinónimo de homossexualismo feminino.
Lesbos | |
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A ilha de Lesbos mostrada na costa da península anatoliana (Turquia asiática), ao noroeste de Esmirna | |
39° 10′ N 26° 20′ E | |
Geografia física | |
País | Grécia |
Localização | Mar Egeu |
Ponto culminante | 968 m |
Área | 1632,819 km² |
Imagem de satélite de Lesbos (1995). |
Lesbos (em grego: Λέσβος, transl. Lésvos; em turco: Midilli Adası) é uma ilha grega localizada no nordeste do mar Egeu. Lesbos é parte da prefeitura de mesmo nome, e seus habitantes são chamados Lesvioi. É a terceira maior ilha grega e a sétima maior do mar Mediterrâneo.1 Possui uma área de 1630 km² com 320 quilômetros de litoral. Sua população é de aproximadamente 90 000 habitantes, um terço dos quais vive em sua capital, Mitilene, no sudeste da ilha. A população restante é distribuída em pequenas cidades e aldeias. As maiores cidades são Kalloni, Gera, Plomari, Ayassos, Eresos e Molyvos, a antiga Mithymna. Mitilene foi fundada no século XI a.C. pela família Pentilidae, que chegou da Tessália e governou até a revolta popular (590–580 a.C.) comandada por Pítaco.
O termo "lésbica" é derivado da interpretação dos poemas de Safo2 , poetisa que nasceu na ilha e cuja poesia tinha grande conteúdo emocional dirigido a outras mulheres. Graças a tal associação, Lesbos e especialmente a cidade de Eresos, lugar de nascimento de Safo, são visitadas freqüentemente por turistas lésbicas hoje.
Mitologia
Segundo a mitologia grega clássica, a ilha foi primeiro habitada por Xanto, filho de Triopas, rei dos pelasgos de Argos; Xanto havia conquistado uma parta da Lícia, e dividiu Lesbos entre seu povo.3
Sete gerações depois, após o dilúvio de Deucalião haver feito boa parte da humanidade perecer, a ilha encontrava-se de novo desabitada.4 Macareu, um nativo de Olenus e filho de Crinacus, filho de Zeus, tomou posse da ilha com seu povo, em maior parte formada de jônios.5
Em seguida chegou Lesbos, filho de Lapithes, filho de Éolo, filho de Hipotes, que se casou com Methyma, filha de Macareu, e mudou o nome da ilha para Lesbos.6
Outra filha de Macareu se chamava Mitilene, que deu nome à cidade de Mitilene.7
Geografia
A ilha é montanhosa. Dois picos — "Lepetymnos" (967 M) e "Olimpo", de altura parecida — dominam suas seções norte e central. A origem vulcânica da ilha é manifestada em várias nascentes quentes. A ilha é verde, competentemente chamada "Ilha Esmeralda", com uma variedade de flora que camufla sua proporção. Oliveiras — onze milhões delas — cobrem 40% da ilha juntamente com árvores de outros frutos. Florestas de pinheiros e alguns carvalhos ocupam 20% e o resto é arbustos, pastos e urbano. Na parte oeste da ilha está a segunda maior floresta petrificada do mundo de sequóias.Sua economia é essencialmente agricultural. O óleo de oliva é a principal origem de renda. O turismo em Mitilene, encorajado por seu aeroporto internacional, e as cidades costeiras de Petra, Plomari, Molyvos e Eresos contribuem substancialmente para a economia da ilha. A pesca e a manufatura de sabonete e ouzo — o licor nacional grego — são as origens restantes de renda.
Grécia e Roma antiga
Idade Média
Século XX
Simbologia
Labrys
Triângulo negro
Duplo vénus
Personalidades
Referências
- ↑ canais.sol.pt
- ↑ Bryn Mawr Classical Review 1999.05.01. Visitado el 15-10-2007
- ↑ Ellen Greene (ed.), Leyendo a Safo: Acercamientos Contemporáneos. Berkeley: University of California Press, 1996. ISBN 0-520-20195-7
- ↑ Frye, Marilyn (2002). Lo que existe, lo que vemos (em español). Agencia de noticias La Jornada. Página visitada em 24 de enero de 2008.
- ↑ Ovid: Metamorphosen, 9.669-797
- ↑ Seneca: Controversias, 1.2.23
- ↑ Martial,1.90.
- ↑ Johanne Opsopoeo Ecloga ex papyris magicis (en inglés)
- ↑ Judith M. Bennett and Amy M. Froide. Singlewomen in the European Past. [S.l.]: University Pennsylvania Press, 1999. 10–11, 128 p.
- ↑ Chafee, Ellen (2002). Lister, Anne (1791-1840). glbtq: An Encyclopedia of Gay, Lesbian, Bisexual, Transgender, and Queer Culture. Página visitada em 28 de noviembre de 2007.
- ↑ Russell Baker. "The Charms of Eleanor", The New York Review of Books, 9 June 2011.
- ↑ Lillian Faderman, Odd Girls and Twilight Lovers: A History of Lesbian Life in Twentieth-Century America, Penguin Books Ltd, 1991, p. 99
- ↑ Actress Amber Heard Comes Out as Lesbian. US Magazine (6 de Dezembro de 2010). Página visitada em 16 de Julho de 2011.
- ↑ EXCLUSIVE: Amber Heard talks about being out in Hollywood.
- ↑ The Advocate
- ↑ Portia heart & soul: in an intimate interview, Arrested Development star Portia de Rossi talks for the first time about sex at 16, coming out to grandma, and finding happiness with Ellen DeGeneres.(Interview)(Cover Story) Publication:The Advocate (The national gay & lesbian newsmagazine)
- ↑ John Rich Responds to Chely Wright Memoir. CBS (2010). Página visitada em 2010-05-19.
- ↑ Time out: Kansan Chely Wright becomes first openly gay country star. Lawrence Journal World (2010). Página visitada em 2010-05-19.
- ↑ Chely Wright Acknowledges Her Homosexuality. Country Music Television (2010). Página visitada em 2010-05-19.
- ↑ Country Music Artist Chely Wright Comes Out. People.com. People Magazine (May 3, 2010). Página visitada em 3 May 2010.
- ↑ Country singer Chely Wright says she's gay. USA Today. USA Today (May 4, 2010). Página visitada em 4 May 2010.
Registros históricos e biográficos
- Não se sabe se este affair teve consequências, mas que Safo respondera-lhe, então: "Se teus desejos fossem decentes e nobres e tua língua incapaz de proferir baixezas, não permitirias que a vergonha te nublasse os olhos - dirias claramente aquilo que desejasses". Alceu dedicou-lhe muitas odes e serenatas.
Após cinco anos exilada, volta para Lesbos, onde logo se torna a líder da sociedade local, no plano intelectual. Sedutora, não dotada da beleza na concepção grega da época (embora Sócrates a houvesse denominado "A Bela"), Safo era baixa e magra, olhos e cabelos negros, e de refinada elegância, viúva e vivendo numa sociedade que não tinha regras morais como hoje se concebem.
A escola de Safo - o amor em Lesbos
Concebeu Safo uma escola para moças, onde lecionaria a poesia, dança e música - considerada a primeira "escola de aperfeiçoamento" da história. Ali as discípulas eram chamadas de hetairai (amigas) e não alunas. A mestra apaixona-se por suas amigas, todas. Dentre elas, aquela que viria a tornar-se sua maior amante, Atis - a favorita, que descrevia sua mestra como vestida em ouro e púrpura, coroada de flores. Mas Atis apaixona-se por um moço e, com ciúmes, Safo dedica-lhe os versos:
-
-
- "Semelhante aos deuses parece-me que há de ser o feliz
- mancebo que, sentado à tua frente, ou ao teu lado,
- te contemple e, em silêncio, te ouça a argêntea voz
- e o riso abafado do amor. Oh, isso - isso só - é bastante
- para ferir-me o perturbado coração, fazendo-o tremer
- dentro do meu peito!
- Pois basta que, por um instante, eu te veja
- para que, como por magia, minha voz emudeça;
- sim, basta isso, para que minha língua se paralise,
- e eu sinta sob a carne impalpável fogo
- a incendiar-me as entranhas.
- Meus olhos ficam cegos e um fragor de ondas
- soa-me aos ouvidos;
- o suor desce-me em rios pelo corpo, um tremor (…)
-
A morte controversa
Tantos milênios passaram-se após a vida desta figura feminina excepcional, que a humanidade viveu momentos de glória e desprezo sobre sua arte e personalidade. Em 1073 suas obras, junto com as de Alceu, foram queimadas em Constantinopla e em Roma. Mas foram redescobertas poesias dela em 1897.
Safo foi chamada de "cortesã" (prostituta), por Suidas. E contavam que havia se suicidado pulando de um precipício na ilha de Leucas, apaixonada pelo marinheiro Faonte - fato que é descrito também em Menandro, Estrabão e Ovídio. Mas há consenso de que isto seja verdadeiramente mítico. Escritos sobreviventes dão Safo como tendo atingindo a velhice, e o certo é que não se sabe como nem quando ela morreu, sendo considerada por alguns a maior de todas as poetisas.
Honras a Safo
Sua poesia era considerada das mais sublimes. Dentre os gregos que lhe foram contemporâneos e pósteros, Safo era considerada uma dos chamados "Nove Poetas Líricos" (os outros eram: Álcman, Alceu, Estesícoro, Íbico, Anacreonte, Simônides, Píndaro e Baquílides). Estrabão escrevera que "Safo era maravilhosa pois em todos os tempos que temos conhecimento não sei de outra mulher que a ela se tenha comparado, ainda que de leve, em matéria de talento poético."
Assim como Homero era conhecido como "o Poeta", Safo era conhecida como "a Poetisa".
Narram, ainda, os historiadores, que tendo Excetides declamado um canto de louvor a Safo para Sólon, seu tio, este pediu que o moço o ensinasse todo, de tanto que o agradou. Alguém então perguntou-lhe para quê queria tal coisa, ao que o célebre jurista respondeu: "Quero aprendê-lo, e depois morrer!"
Mas nenhum epigrama foi mais próximo ao êxtase que seus versos provocavam do que este:
Há quem afirme serem nove as musas. Que erro!Pois não vêem que Safo de Lesbos é a décima? |
— Platão
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Bibliografia
- LESBOS, Safo de. Poesia Completa. Rio de Janeiro, 1990.
- ANTUNES, A. A. Safo: tudo que restou. Além Paraíba (MG): Interior, 1987.
- FONTES, J. B. Eros, Tecelão de Mitos / A Poesia de Safo de Lesbos. São Paulo: Estação Liberdade, 1991.
- MALHADAS, D.; MOURA NEVES, M. H. Antologia de Poetas Gregos de Homero a Píndaro. Araraquara: FFCLAr-UNESP, 1976.
- SAFO DE LESBOS. Trad. P. Alvim. São Paulo: Ars Poetica, 1992.
Ligações externas
- fragmentos de Safo traduzidos www.germinaliteratura.com.br
- fragmento de Safo traduzido www.geocities.com
- blogue Primeiros Escritos - frags. de Safo traduzidos primeiros-escritos.blogspot.com
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Safo
Lésbica
Uma lésbica é uma mulher homossexual, uma mulher que tem atração sexual, física e afetiva por outra mulher. As lésbicas sentem desejos sexuais por outras mulheres, têm romances e relações sexuais com outras mulheres. Não existe uma causa definida para o lesbianismo, assim como não se tem uma causa definida para qualquer tipo de orientação sexual.
Etimologia
A palavra lésbica vem do latim lesbius e originalmente referia-se somente aos habitantes da ilha de Lesbos, na Grécia. A ilha foi um importante centro cultural onde viveu a poetisa Safo, entre os séculos VI e VII a.C., muito admirada por seus poemas sobre amor e beleza, em sua maioria dirigidos às mulheres. Por esta razão, o relacionamento sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianismo ou safismo.Platão se referiu a Safo como "a décima musa".
Até o século XIX a palavra lésbica não tinha o significado que hoje lhe é dado, o termo mais utilizado até então era "tríbade".
Muitos termos foram usados para descrever o amor entre mulheres nos últimos dois séculos, entre os quais: amor lesbicus, urningismo, safismo, tribadismo, e outros.
Direitos civis
Ao se discutir o lesbianismo, deve-se manter em mente o fato de que as lésbicas, tal como outros grupos, ainda são alvo de muita discriminação. Esta discriminação geralmente começa no próprio lar, depois estende-se à escola e, subseqüentemente, ao trabalho.
No entanto, na entrada do novo milênio muitas empresas passaram a conceder os mesmos benefícios aos seus funcionários que vivem em relações estáveis com uma pessoa do mesmo sexo (i.e. casais gays e lésbicos) e o próprio INSS, no Brasil, reconhece o direito a pensão por morte da companheira.
Certos Estados e Municípios brasileiros também estão fazendo o mesmo para suas servidoras.
Uma estrangeira lésbica que estabelecer relação estável com uma mulher cidadã brasileira tem direito (desde 2004) a um visto de residência (temporário ou permanente, dependendo de suas necessidades) no Brasil. O mesmo é válido para casais binacionais de homens.
Nota-se que essa conquista do Movimento Homossexual Brasileiro é cobiçada por pessoas gays da maioria dos países. A lista dos países que oferecem este benefício aos seus cidadãos homossexuais está aumentando lentamente. Tipicamente são os países mais desenvolvidos que reconhecem casais lésbicos em termos de direitos de imigração (i.e. Canadá, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Suécia, Noruega, França, entre outros). Portanto, nesta área, o Brasil verdadeiramente é um país pioneiro.
Discriminação
De acordo com estudos conduzidos por mais de dez anos pelo antropólogo prof. Luiz Mott, fundador de uma das mais antigas organizações em defesa dos direitos das pessoas homossexuais, o Grupo Gay da Bahia, a cada dois ou três dias uma pessoa gay é brutalmente assassinada no Brasil.
A discriminação de lésbicas e outras pessoas de Minoria Sexual é absolutamente proibida de acordo com a lei. A própria Carta Magna do Brasil, a Constituição Federal do Brasil, reza explicitamente que todos deverão ser tratados com isonomia perante a lei sem que se faça acepção de pessoas por qualquer motivo ou razão.
Se é verdade que as regras de fé de muitas religiões proíbem expressamente o amor entre homossexuais, essas leis religiosas se restringem somente dentro das respectivas comunidades religiosas. Em outras palavras, a liberdade religiosa exige que todas as religiões atuem dentro dos padrões básicos dos Direitos Humanos adotados pelo Estado Brasileiro.
Também é preciso esclarecer que nem todas as religiões proíbem a união entre iguais. Igrejas cristãs como a Igreja Metropolitana do Brasil, entre outras, projetam uma visão reformada em relação à comunidade LGBT. Muitas igrejas cristãs do mundo entraram no novo milênio discutindo com muita seriedade e deliberação o assunto da homossexualidade. Existe muita resistência por parte das alas mais conservadoras dessas instituições a ideia da união entre iguais.
Desde de 1993, a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) retirou o lesbianismo, bem como a homossexualidade como um todo, de sua lista de doenças, reconhecendo, enfim, não se tratar de nenhuma disfunção.
Conselhos Regionais de Psicologia de todo o país vem punindo psicólogos que se propoem a curar o lesbianismo. Uma Resolução do Conselho Federal de Psicologia, datada de 1999, proíbe os psicólogos de tratar a homossexualidade como doença, distúrbio ou perversão.
Práticas sexuais
Os estudiosos têm notado que o lesbianismo em seu aspecto físico provoca as mais extremadas reações: enquanto que moralmente é por vezes reprovado, a maioria dos homens heterossexuais possuem uma espécie de fascínio por duas mulheres que se beijem e/ou tenham relações sexuais.1 Alguns sexólogos escrevem que, por outro lado, existe um segundo tipo de homens que, feridos por seu "orgulho masculino", desprezariam as mulheres que dispensassem o pênis numa relação sexual; de fato, numa relação sexual entre duas lésbicas, o erotismo feminino e as características físicas da parceira parecem vir em primeiro lugar.1
Não se sabe qual é a prática sexual preferida das mulheres, mas pesquisas afirmam que talvez possa ser o de papel passivo na cunilíngua, e isso estaria associado à estimulação do ponto G e/ou do clítoris.1 Por conta disso, muitas vezes o "69 lésbico" seria dispensado para que apenas uma das parceiras receba estimulação na vulva pelos lábios e língua da outra. Que por sinal é muito prazeroso.1
Outro termo muito usado quando se escreve sobre práticas homossexuais femininas é o tribadismo, em que duas parceiras pratiquem uma fricção, ou seja, um encontro entre as vulvas de ambas.1 Diversos sexólogos têm escrito que, ao contrário do que se pensa, o prazer sexual não deriva somente das vaginas de ambas as parceiras, mas principalmente pelo encontro entre suas coxas.1 As práticas homossexuais entre mulheres também incluem penetração, mas com menor frequência;2 no entanto, quando praticada, é mais comum que a estimulação do órgão genital da parceira seja realizada manualmente ou, em outros casos, com um dildo (pênis artificial), embora esse seja mais raro.2
Certos estudiosos também pretendem pesquisar se o interesse lésbico por imitações de pênis não significaria uma frustração da falta de um pênis real; alguns afirmam que não se pode generalizar acerca de todos os casos de lésbicas, enquanto outros afirmam que as que utilizam pênis artificiais não possuem interesses sexuais ou mesmo afetivos por homens.3 Pesquisas revelam que a utilização de pênis artificiais seria, para as lésbicas, uma tentativa da busca de "algo mais" assim como acontece com parceiros heterossexuais que buscam outras formas de "enriquecer" suas práticas de sexo.3 Outras práticas sexuais entre lésbicas, e que são menos comuns, incluem o fistfucking, o sexo anal, que é tido como secundário numa relação lésbica, muitas vezes realizado manualmente ou com dildos;3 e práticas sadomasoquistas que, embora muito raras, podem incluir o uso de chicotes e flagelação como entre os heterossexuais sadomasoquistas.4 Outro assunto de interesse entre estudiosos e sexólogos é saber se as lésbicas possuem atração sexual por mamilos tanto quanto os homens heterossexuais, e a maior parte dos autores escrevem que o interesse é relativo mas semelhante.4
Referências
- ↑ a b c d e f Aldo Pereira, Vida Intima - Enciclopédia do amor e do sexo, Abril Cultural, 1981, Vol. 1, p. 185.
- ↑ a b Aldo Pereira, Vida Intima - Enciclopédia do amor e do sexo, Abril Cultural, 1981, Vol. 1, p. 186.
- ↑ a b c Aldo Pereira, Vida Intima - Enciclopédia do amor e do sexo, Abril Cultural, 1981, Vol.1, p.187.
- ↑ a b Aldo Pereira, Vida Intima - Enciclopédia do amor e do sexo, Abril Cultural, 1981, Vol.1, p.188.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Lesbica
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